Alckmin diz que ‘nada justifica’ juro real de 8% e afirma que ‘inflação tira do mais pobre e dá para o mais rico’
Durante participação em seminário, o vice-presidente afirmou que o país precisa se desenvolver sem retomar a alta da inflação
PEDRO KIRILOS/ESTADÃO CONTEÚDOAlckmin revelou que nova âncora fiscal e reforma tributária são pautas prioritárias do governo
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, criticou o patamar de juros da economia brasileira nesta segunda-feira, 20. Durante participação em seminário promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ele declarou que não há nada que justifique o juros real de 8% no Brasil e que é preciso que o país trabalhe para se desenvolver com estabilidade, mas sem retomar a alta da inflação. “Não pode voltar a inflação. Inflação não é socialmente neutra, ela tira do mais pobre para os mais ricos”, discursou. De acordo com uma pesquisa realizada pela MoneYou e pela Infinity Asset Management em fevereiro, o Brasil é o país com a maior taxa de juros reais do mundo há pelo menos nove meses. Alckmin ainda revelou que o governo deve encaminhar ao Congresso o projeto da nova âncora fiscal nos próximos dias e que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está empenhado na aprovação da reforma tributária. O vice-presidente ainda defendeu a reoneração dos combustíveis realizada pelo governo e iniciativas voltadas para o desenvolvimento inclusivo, citando como exemplo o aumento real do salário mínimo.
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