Mercado financeiro aumenta projeção de crescimento do PIB e baixa expectativa para inflação em 2023

Especialistas ouvidos pelo Boletim Focus apontam que crescimento da economia deve ficar em 2,98% enquanto inflação chegará 4,86%; previsão para taxa de juros segue em 11,75% 

  • Por Jovem Pan
  • 18/09/2023 09h19 - Atualizado em 18/09/2023 09h56
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jcomp/ Freepik Uma pilha de cinco linhas de moedas com gráfico de fundo azul escuro. Na semana da reunião do Copom, a expectativa para a taxa básica de juros foi mantida em 11,75%

A expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para 2023 subiu novamente, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 18. Especialistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central elevaram a projeção de 2,64% para 2,89%. A estimativa do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, retraiu, caindo de 4,93% para 4,86%. O resultado é reflexo de dados positivos no setor. Na terça-feira, 12, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o IPCA mensal registrou crescimento de 0,23% em agosto de 2023. Apesar do crescimento, o índice veio abaixo das expectativas do mercado, que esperava que a inflação batesse 0,28%. A projeção para a cotação do dólar baixou de R$ 5 para R$ 4,95. Na semana da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a expectativa para a taxa básica de juros foi mantida em 11,75%. Para 2024, as estimativas também seguiram a mesma tendência. A projeção para o PIB passou de 1,47% para 1,50%. Já o IPCA foi de 3,89% para 3,86%. A cotação do dólar passou de R$ 5,02 para R$ 5. As expectativas para 2025 foram mantidas, com exceção do PIB, cujo crescimento previsto passou de 2% para 1,95%.

Outro dado positivo para a economia brasileira foi de que as exportações do agronegócio cresceram 6,6% em agosto de 2023, alcançando o melhor resultado para o mês na série histórica. O setor arrecadou US$ 15,63 bilhões segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa). Dois fatores explicam o resultado de agosto: aumento da quantidade exportada e redução de preços. O órgão avaliou que o desempenho foi possível graças a recorde de na safra de 2022 e 2023. No âmbito internacional, houve um recuo do preço dos alimentos. Os principais produtos que puxaram esse crescimento foram o milho, a soja em grão, o farelo de soja, o açúcar e o frango in natura.

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