Banco Central deve repetir corte na taxa básica de juros nesta quarta-feira, analisam economistas

Nesta semana, o Comitê de Política Monetária se reunirá novamente para analisar as condições da economia e a perspectiva de inflação para deliberar sobre os juros

  • Por Jovem Pan
  • 18/09/2023 08h16 - Atualizado em 18/09/2023 09h23
Adriano Machado/Reuters Homem passa em frente ao prédio do Banco Central em Brasília Banco Central deva manter trajetória de queda nos juros

Em agosto, o Banco Central (BC) reduziu a taxa básica de juros (Selic), que agora está em 13,25%. Nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reunirá novamente para analisar as condições da economia e a perspectiva de inflação para deliberar sobre os juros. A expectativa de analistas é de que o Copom deve reduzir novamente a Selic, mas de forma moderada, como ressaltou o economista-chefe da Nomad, Danilo Igliori, em entrevista à Jovem Pan News. “Eu estou com a maioria dos analistas acreditando que o Copom deve seguir o comunicado e continuar reduzindo, pelo menos nas próximas reuniões, nessa e na próxima, em 0,5 ponto percentual.” O economista-chefe da Kinitro Capital, Sávio Barbosa, também aposta em um corte de 0,5 ponto percentual, mas não descarta elementos para o BC ser mais ousado no ritmo de diminuição de juros.

“É mais provável que aconteça uma aceleração do ritmo de corte apenas no início do ano que vem, na reunião de janeiro de 2024. Porque, basicamente, até lá a gente acha que pode se criar uma perspectiva de desaceleração mais clara para a atividade econômica e a gente também vai observar uma mudança do Comitê de Política Monetária do Banco Central. Dois diretores vão sair, esses diretores são considerados mais conservadores em relação à política monetária e à inflação. Aí a gente pode ver um comitê um pouco mais inclinado a testar níveis mais baixos de juros”, explicou.

Sobre as expectativas de crescimento do país, Sávio ressalta que as projeções podem ser consideradas otimistas para os próximos meses do ano: “A perspectiva que a gente está vivendo, com um mercado de trabalho forte e as famílias ganhando renda real, à medida que a inflação desacelera, principalmente depois dessa grande safra que está derrubando o preço dos produtos agrícolas e dos alimentos de forma geral, isso vai aumentar a renda real das famílias ao longo desse segundo semestre do ano e manter uma dinâmica de crescimento da demanda doméstica”. Diante das sinalizações do Banco Central, os especialistas acreditam que, no final de 2024, a taxa básica de juros deve chegar a um dígito. Para o final deste ano, o mercado projeta a Selic em 11,75%.

*Com informações da repórter Camila Yunes

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