Mercado vê inflação a 6,07% e eleva previsão do PIB para 5,18% em 2021

Fontes do Banco Central revisam a estimativa para o IPCA pela 13ª semana seguida; expectativa para o dólar recua a R$ 5,04

  • Por Jovem Pan
  • 05/07/2021 11h25 - Atualizado em 05/07/2021 11h40
Marcello Casal Jr/Agência Brasil Sede do Banco Central, em Brasília Banco Central elabora o Boletim Focus para medir as expectativas econômicas do mercado

O mercado financeiro voltou a elevar as perspectivas para a inflação e a retomada da economia brasileira em 2021, ao mesmo tempo que reduziu a expectativa da cotação do real ante o dólar, segundo dados divulgados pelo Boletim Focus nesta segunda-feira, 5. A mediana da pesquisa do Banco Central feita com mais de 100 instituições financeiras apontou para avanço de 6,07% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador oficial da inflação brasileira. Esta á a 13ª semana seguida que a previsão é alterada para cima. Na edição passada, a estimativa indicava alta de 5,97%, contra 5,44% há um mês. O BC persegue a meta inflacionária de 3,75%, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ou seja, entre 2,25% e 5,25%. O IPCA-15, considerado a prévia da inflação, foi a 0,83% em junho e acumulou avanço de 8,13% nos últimos 12 meses. O valor integral do índice do mês passado será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 8. A expectativa para a inflação de 2022 sofreu leve queda, de 3,78% para 3,77%. A meta para o IPCA no ano que vem é de 3,50%, com variação entre 2% e 5%.

A previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) foi revista de 5,05% para 5,18%, na 11ª semana seguida de alteração. Há um mês, a expectativa era por avanço de 4,36%. As fontes do BC também reduziram a projeção do desempenho econômico em 2022 para crescimento de 2,11%, ante 2,10% na semana anterior. A perspectiva para a Selic foi mantida em 6,50% ao ano, a mesma estimativa da semana passada e acima da projeção de 5,75% há um mês. A autoridade monetária elevou a taxa básica de juros para 4,25% em junho e sinalizou novo acréscimo de 0,75 ponto percentual em agosto, aumentando a Selic para 5% ao ano. Em comunicado, o BC “deixou a porta aberta” para uma alta mais incisiva, estimada pelos analistas em 1 ponto percentual. A estimativa para o câmbio foi reduzida para R$ 5,04, contra R$ 5,10 na semana passada, e R$ 5,30 há um mês. O dólar voltou a ser cotado acima de R$ 5 na última quinta-feira, 1º, após passar mais de uma semana na casa de R$ 4,90. A divisa norte-americana opera em alta nesta segunda-feira, negociada na faixa de R$ 5,07.

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