Mesmo com exterior positivo, Bovespa segue em queda

  • Por Estadão Conteúdo
  • 19/09/2017 11h29
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HUGO ARCE / Fotos Públicas Pouco antes do fechamento deste texto, o Instituto Internacional de Finanças (IIF) divulgou relatório com avaliação sobre o Brasil

A Bovespa abriu com sinal positivo nesta terça-feira (19), superou os 76 mil pontos e passou a cair. O movimento coincidiu com a desaceleração dos preços do petróleo nos mercados internacionais, sendo que, em Londres, o barril do Brent chegou a cair na última meia hora.

A desvalorização na Bolsa brasileira é conduzida, sobretudo, pelas ONs da Vale e pelos papéis do setor siderúrgico. O setor é penalizado por mais uma forte queda (-4,06%) no preço do minério de ferro (porto de Qingdao) no mercado à vista chinês. Às 10h30, a ação da mineradora recuava 1,64% e era a segunda maior queda da carteira Ibovespa. O indicador recuava 0,06% aos 75.945,58 pontos nesse horário

O bom humor no exterior segue firme, como observado logo cedo nesta terça-feira. Na Europa, as Bolsas continuam em alta, assim como os índices acionários futuros em Nova York. A perspectiva positiva para as ações nos EUA confirmou-se, e Dow Jones (+0,15%), S&P500 (+0,13%) e Nasdaq (+0,18%) sobem desde o início do pregão às 10h30.

No mercado de câmbio local e global, o dólar perde valor. Em relação à maioria das moedas de países emergentes, a divisa dos EUA exibe leve queda, indicando uma disposição do investidor estrangeiro a aumentar posição em ativos de maior risco. Diante da agenda fraca aqui e lá fora, os mercados seguem concentrados na reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que divulgará na quarta-feira sua decisão de política monetária.

Pouco antes do fechamento deste texto, o Instituto Internacional de Finanças (IIF) divulgou relatório com avaliação sobre o Brasil. No texto, os analistas do IIF escreve que a “economia mais forte no Brasil reduz chance para candidatos populistas na eleição de 2018”.

Também na manhã desta terça, o Banco Central publicou, em sua página na internet, os apontamentos do presidente da instituição, Ilan Goldfajn, em reunião com investidores em Nova York. Na apresentação, Ilan afirmou que o “período de desinflação e recuperação se deve à reorientação da política econômica e monetária”.

O presidente Michel Temer discursou na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) em Nova York. Ele defendeu a ampliação do Conselho de Segurança, como uma forma de ajustá-lo “às realidades do século 21”. “Recusamos os nacionalismos exacerbados. Não acreditamos no protecionismo como saída para as dificuldades econômicas – dificuldades que demandam respostas efetivas para as causas profundas da exclusão social”, disse ele.

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