No G20, Haddad fala em enfrentamento global à crise climática e às desigualdades sociais

Ministro da Fazenda também defendeu cobrança dos impostos dos bilionários do mundo

  • Por Heverton Nascimento
  • 28/02/2024 12h35 - Atualizado em 28/02/2024 12h45
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Joédson Alves/Agência Brasil O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, abriu as reuniões de ministros de Finanças e presidentes dos bancos centrais do G20 na manhã desta quarta (28), enfatizando que as desigualdades sociais e as mudanças climáticas são desafios globais e precisam ser enfrantadas, sob o risco de um agravamento das crises imigratórias. O discurso foi virtual, já que Haddad ainda está em recuperaçaõ da covid-19.

O ministro elencou temas que considera prioritários a serem discutidos e avançados nas reuniões do G20 que acontecem hoje e amanhã: financiamento do desenvolvimento sustentável, tributação justa, sobre a transição ecológica e a cooperação do Brasil na agenda verde e o endividamento crônico de países.

Haddad enfatizou que os países mais pobres pagam um preço proporcionalmente mais alto pela crise da globalização e frisou que é ilusão pensar que as economias mais ricas podem virar as costas ao mundo e tratar apenas de seus problemas domésticos. “Em um mundo no qual trabalho e capital são cada vez mais móveis, pobreza e desigualdade precisam ser enfrentadas como desafios globais, sob a pena da ampliação das crises humanitárias e imigratórias.”

O ministro também comentou que o G20 é o fórum adequado para a redefinir da globalização por meio da coordenação de políiticas econômicas, com critérios sociais e ambientais.  Ele também pontuou que cobrar medidas para que os bilionários do mundo paguem seus imposto é importante.  Ele observou que enquanto crises causaram grandes perdas econômicas, um complexo sistema offshore ofereceu formas elaboradas de evasão tributárias aos super-ricos e que a parcela do 1% mais rico do mundo detém 43% dos ativos mundiais – ou seja, a riqueza global – e emitem o equivalente a dois terços dos mais pobres da humanidade. “Ao mesmo tempo em que milhões saíram da pobreza, especialmente na Ásia, houve substancial aumento de desigualdades de renda e riqueza em diversos países”, disse.
*Com informações de Estadão Conteúdo
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