Bilionários precisam pagar mais impostos, diz Haddad em reunião do G20

Ministro da Fazenda defendeu que as maiores economias do mundo precisam avançar na pauta de tributação progressiva

  • Por Sarah Américo
  • 28/02/2024 12h35 - Atualizado em 28/02/2024 16h29
ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Fernando Haddad no encontro do G20 Fernando Haddad, Ministro da Fazenda do Brasil, faz o seu discurso virtualmente

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira, 28, que os bilionários precisam pagar mais impostos. “Precisamos admitir que ainda precisamos fazer com que os bilionários do mundo paguem sua justa contribuição em impostos”, disse. “Chegamos a uma situação insustentável, em que os 1% mais ricos detêm 43% dos ativos financeiros mundiais e emitem a mesma quantidade de carbono que os dois terços mais pobres da humanidade”, continuou o ministro, via videochamada, no discurso de abertura do primeiro encontro de ministros e presidentes de Bancos Centrais do G20. Haddad não compareceu presencialmente a reunião devido ao diagnóstico positivo para Covid-19. “Ao mesmo tempo em que milhões saíram da pobreza, especialmente na Ásia, houve substancial aumento de desigualmende de renda e riqueza em diversos países”, falou o ministro durante seu discurso que durou 10 minutos.

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Haddad destacou que a globalização e as crises econômicas causaram piora das condições de trabalho, a hiper-financeirização e um complexo sistema offshore para evasão tributária dos super-ricos. “As crises econômicas resultantes causaram grandes perdas socioeconômicas. Enquanto a hiperfinanceirização prosseguiu em ritmo acelerado, um complexo sistema foi estruturado para oferecer formas cada vez mais elaboradas de evasão tributária aos super-ricos”, disse. Haddad defende desde o ano passado a taxação dos super-ricos e das offshores, e chegou a afirmar na época que objetivo era aproximar o sistema tributário brasileiro do que tem de mais avançado no mundo. O G20 reúne as princiapis economicas do mundo, além da União Europeia e da União Africana e, atualmente, desde dezembro de 2023, o Brasil é o presidente do grupo. Ele fica à frente até novembro deste ano, quando encerra seu mandado com a cúpula do chefe de Estado, no Rio de Janeiro.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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