Oito bancos anunciam adesão ao Desenrola Brasil

Caixa, Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Santander, Inter, Pan e C6 também anunciaram que entrarão no programa de negociação de dívidas do governo federal

  • Por Brasília
  • 29/06/2023 18h03 - Atualizado em 29/06/2023 18h34
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CARLOS MAGNO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Vista de cartão de crédito no Rio de Janeiro (RJ) Programa Desenrola irá renegociar dívidas de até R$ 5 mil de brasileiros que ganham até dois salários mínimos

Oito bancos, entre públicos e privados, deverão participar do Desenrola Brasil, programa de renegociação de dívidas do governo federal. Nesta quinta-feira (29), a Caixa se juntou ao grupo já formado por Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Santander, Inter, Pan e C6. O Desenrola oferecerá duas faixas de negociação com o governo, estimando a participação de R$ 70 milhões de endividamento e a pactuação de acordos na ordem de R$ 100 bilhões. A faixa 1 será voltada para quem se tornou inadimplente a partir de 1º de janeiro de 2019 e permaneceu assim em 31 de dezembro de 2022, com dívidas de até R$ 5 mil. O interessado não pode receber mais do que dois salários mínimos (R$ 2.640) e precisa estar inscrito no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal). Para esta categoria, não é possível negociar dívidas de crédito rural, financiamento imobiliário e operações com funding ou risco de terceiros. A dívida poderá ser dividida em até 60 meses, com parcelas acima de R$ 50 e taxa de juros de no máximo 1,99% por mês (ou segundo a política de juros do banco). A quitação do valor será feita por Pix, boleto ou débito. O prazo de carência será de 30 a 59 dias.

Já a faixa 2 terá negociação direta com o banco credor. Contudo, antes de operar no programa, os bancos devem retirar o nome das pessoas com dívidas de R$ 100 até o dia 27 de julho. A retirada do nome não representa o perdão da dívida, que deve ser paga através do Desenrola Brasil. Para a especialista Wendy Haddad Carrara, professora do curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRSGS), o programa precisa adotar um viés de educação financeira para estimular boas práticas entre os consumidores. “A gente precisa educar precisa ter formas didáticas práticas de mostrar para uma pessoa mais humilde. Decisões em relação ao dinheiro são muito movidas pelo emocional. Então quando uma pessoa está endividada, ela às vezes não consegue nem enxergar. Se o juro for muito alto, por exemplo, ela não vai nem conseguir botar aquela parcela no seu orçamento e que é uma das coisas que impacta na vida financeira do consumidor”, avalia.

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