Paulo Guedes diz que programa de redução de jornada de trabalho e salários pode voltar

Afirmação foi feita durante entrevista; programa vigorou durante a pandemia do novo coronavírus em 2020

  • Por Jovem Pan
  • 11/02/2021 22h54
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Edu Chaves/Estadão Conteúdo Ministro Paulo Guedes Segundo o ministério, cerca de 20 milhões de acordos foram fechados graças ao programa

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o programa que prevê a redução de jornada de trabalho e de salários deverá retornar. A afirmação foi feita durante uma entrevista do economista no canal BTG Pactual Digital nesta quinta-feira, 11.  O programa em questão liberou as empresas para realizarem acordos individuais para suspender contratos ou reduzir a jornada de trabalho e os salários dos funcionários com compensação nacional pago pelo Tesouro Nacional. O programa vigorou durante a pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2) e chegou a ser prorrogado algumas vezes, sendo encerrado na virada do ano. Segundo o próprio ministério, a estimativa é de que tenham sido firmados 20 milhões de acordos entre 1,5 milhão de empresários e 10 milhões de funcionários. “Nós trabalhamos com uma arquitetura que vai permitir que esse programa seja estendido”, afirmou o comandante da pasta.

Durante a transmissão, Guedes exaltou que o programa foi um dos mais efetivos durante a pandemia, garantindo a preservação de milhões de empregos. “Em vez de você esperar alguém ser demitido e receber R$ 1.000 de seguro-desemprego, é muito mais inteligente pagar R$ 500 para ele não ser demitido”, disse o ministro, que completou: “Baixei o custo do emprego, mantive o emprego do trabalhador e gastei menos do que se ele fosse demitido”. Apesar de falar da volta, Guedes não deu detalhes de como o programa funcionaria nesse retorno, uma vez que o orçamento deste ano não da margem para a manutenção da medida, que custou R$33,5 bilhões em 2020. As falas do ministro foram ditas em meio às negociações para o retorno do auxílio emergencial. Apesar de ter se mostrado favorável à medida, Guedes tem defendido a responsabilidade fiscal ao falar sobre o assunto e pedindo uma “PEC de Guerra“.

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