PIB brasileiro cresce 2,9% em 2022, mas desacelera no quarto trimestre

Alta foi puxada pelo setor de serviços (4,2%) e pela indústria (1,6%); projeção do Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central no final de fevereiro, indica crescimento mais tímido neste ano

  • Por Jovem Pan
  • 02/03/2023 09h39 - Atualizado em 02/03/2023 10h14
Marcos Santos/USP Imagens Moedas de real FMI elevou, de 2,1% para 3,1%, a expectativa de crescimento da economia brasileira

Nesta quinta-feira, 2, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2022 cresceu 2,9% em comparação com 2021. Alta foi puxada pelo setor de serviços (4,2%) e pela Indústria (1,6%). No entanto, o setor da agropecuária amargou uma queda de 1,7%. O efeito de reabertura da economia, com o retorno das atividades comerciais que foram paralisadas durante a pandemia da Covid-19, impulsionou o consumo, o que explica o resultado positivo do setor de serviços, que, em valores correntes, alavancou R$ 5,8 trilhões em 2022. No acumulado do ano, o PIB totalizou R$ 9,9 trilhões, sendo R$ 8,6 trilhões referentes ao valor adicionado a preços básicos e R$ 1,3 trilhão aos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. Já o PIB per capita, que divide o valor total do PIB pelo número total de habitantes do país, alcançou R$ 46.154,6 em 2022, o que representa um avanço real de 2,2% ante o ano anterior.

A análise do quarto trimestre de 2022 indica leve desaceleração na economia, já que a variação apontou queda de 0,2% na comparação com o terceiro trimestre. Tal resultado quebrou a sequência de cinco trimestres de altas puxadas principalmente pelo setor de Serviços. Entretanto, em comparação com o quarto semestre de 2021, o crescimento foi de 1,9%. Para 2023, a atual projeção do Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central no final de fevereiro, indica leve alta do PIB em 0,8%.

Confira abaixo a variação do PIB em 2022 para cada setor:

  • Serviços: 4,2%
  • Indústria: 1,6%
  • Agropecuária: -1,7%
  • Consumo das famílias: 4,3%
  • Consumo do governo: 1,5%
  • Investimentos: 0,9%
  • Exportações: 5,5%
  • Importação: 0,8%

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