‘Pior da inflação no Brasil já passou’, afirma presidente do Banco Central

Roberto Campos Neto afirma que ferramentas da instituição são capazes de lidar com o problema e que grande parte do trabalho já foi feito

  • Por Jovem Pan
  • 27/06/2022 12h10
Marcelo Camargo/Agência Brasil O presidente do BC, Roberto de Oliveira Campos Neto Roberto Campos Neto demonstrou preocupação do Banco Central com a inflação

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda, 27, que o pior da inflação no Brasil já passou, durante participação no X Fórum Jurídico de Lisboa. “A gente ainda tem no Brasil um componente de aceleração [de inflação]. Os últimos dois números foram, pela primeira vez, dentro da expectativa, a gente acha que o pior da inflação no Brasil já passou. A gente tem algumas medidas sendo desenhadas pelo governo, que a gente precisa entender qual vai ser o efeito disso no processo inflacionário, ainda”, comentou Campos Neto. “Mas é importante dizer que o Brasil fez o processo antecipado, acreditamos que a nossa ferramenta é capaz de frear o processo inflacionário e vai frear. A gente acha que grande parte do trabalho já foi feito”, complementou.

Campos Neto destacou que o processo inflacionário é mundial, com problemas principalmente nos setores de produção de energia e alimentos, com um efeito que se disseminou por outras áreas da economia. “O Banco Central atua de uma forma se a inflação for só em elementos voláteis e de outra forma quando está mais espalhada na cadeia. O que está sendo feito no tema de energia e alimentos no mundo? Vários países adotaram redução de tributos e transferência de recursos para mais vulneráveis”, ressaltou. Para o presidente do BC, a situação levou a uma resposta descoordenada dos governos, e é preciso levar em conta que quem produz os itens essenciais é o mercado, por isso é importante ajudar as classes mais empobrecidas sem se desviar das práticas do mercado.

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