Pix Saque e Pix Troco já estão disponíveis; entenda como funcionam

Novos sistemas do Banco Central permitem que usuários saquem dinheiro em espécie em pontos conveniados, sem a necessidade de ir ao banco ou caixa 24 horas

  • 29/11/2021 12h14
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Marcello Casal Jr/Agência Brasil Tela do Pix no site do Banco Central Sistema do Banco do Brasil passa a permitir o saque de dinheiro em espécie

Começaram a valer nesta segunda-feira, 29, as duas novas modalidades da plataforma de pagamentos instantâneos do Banco Central (BC): o Pix Saque e o Pix Troco. O primeiro permite que os usuários retirem valores em espécie em pontos que ofertarem o serviço, como comércios, restaurantes, padarias e redes de caixa eletrônico, sem a necessidade de ir ao banco ou caixas 24 horas. Os usuários poderão sacar o dinheiro após fazer uma operação do Pix através da leitura de um QR Code ou usando o aplicativo. O Pix Troco funcionará de forma semelhante. A diferença é que o saque poderá ser realizado durante o pagamento de uma compra, o troco ser pago em dinheiro vivo. Nesse caso, o Pix é feito pelo valor total (compra + saque). No extrato do cliente aparecerá o valor correspondente ao saque e ao valor da compra. Atualmente, o sistema permite apenas a transferência de valores entre contas diferentes, e não o saque de dinheiro em espécie. Os novos serviços terão limite máximo de R$ 500 durante o dia, e R$ 100 durante o intervalo entre 20 horas e 6 horas. Haverá, no entanto, liberdade para que os ofertantes dos novos produtos trabalhem com limites inferiores a esses valores.

Os usuários poderão fazer até oito transações gratuitas por mês. Para o comércio que disponibilizar o serviço, as operações representarão o recebimento de uma tarifa que pode variar de R$ 0,25 a R$ 0,95 por transação, a depender da negociação com a sua instituição de relacionamento. A instituição de relacionamento do usuário sacador é quem fará o pagamento dessa tarifa. “O Pix Saque e o Pix Troco se atêm às estritas normas de segurança do serviço – o prestador de serviço de saque deverá avaliar a necessidade de estabelecer limites transacionais aos agentes de saque, de acordo com dados como perfil, localização, horários e outros critérios de segurança, por exemplo. Além disso, o Pix Saque, quando ofertado, deve estar disponível para todos os clientes de qualquer instituição participante do Pix”, afirmou o BC.

Segundo a autoridade monetária, os novos produtos aumentam o acesso das pessoas ao dinheiro físico. “A adoção do Pix Saque e do Pix Troco tem potencial para trazer benefícios para toda a sociedade – cidadãos, pequenos lojistas e estabelecimentos comerciais como um todo”, informou. “Para o Sistema Financeiro Nacional (SFN), as melhorias representam um incentivo constante à digitalização e à redução de custos nas operações, e ainda estimulam a competição, ao facilitar a oferta de serviço de saque por fintechs e instituições digitais, nivelando condições concorrenciais. Em junho, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que a autoridade monetária estudava a possibilidade de permitir que usuários do Pix fizessem saques em caixas de lojas. O economista classificou a medida como uma “terceirização eficiente”, com benefícios para comerciantes e população em geral. “Se puder pegar um pedaço pequeno do que o ATM [caixa eletrônico] faz, por exemplo, essa parte de saques, e pudesse ter um sistema onde todas as caixas registradoras, de todas as lojas, fossem um potencial ATM? Você transforma uma coisa que tem custo em algo com benefício”, afirmou.

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