Presidente do Banco Central diz que vai anunciar em breve Pix por aproximação em parceria com Google
Campos Neto repetiu que a economia está caminhando para ser ‘tokenizada’, embora ainda não se saiba a velocidade desse processo
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta quinta-feira (3) que a autoridade monetária já firmou uma primeira associação para disponibilizar o pagamento via Pix por aproximação por meio da carteira digital do Google. Um evento para anunciar essa parceria deve ocorrer em breve, ele afirmou. “Você vai ter a sua wallet no Google, você tem os cartões de crédito e você vai poder ter o Pix, você vai poder fazer o roteamento para a conta que você quiser”, disse Campos Neto, em evento organizado pelo Mercado Bitcoin e pela BlackRock, em São Paulo. “A gente já fez isso com o Google e está aberto para outras associações.
Segundo o presidente do BC, no caso da parceria com o Google, a ideia é de que poderá haver uma conta padrão, mas também mais do que uma conta para fazer o pagamento via Pix. Ele disse que haverá “uma certa programabilidade” para “rotear as contas.” “Vai ser muito fácil”, ele afirmou. Campos Neto repetiu na noite desta quinta-feira que a economia está caminhando para ser tokenizada, embora ainda não se saiba a velocidade desse processo. “A gente tem esses spikes de velocidade e pequenos passos para trás, mas eu acho que a gente tem aí um trem que já partiu”, disse Campos Neto.
Ele já havia mencionado a tokenização da economia em uma apresentação, em um evento da Princeton University. Campos Neto também voltou a trazer na sua apresentação um slide que trata sobre o seu “trabalho de seis anos” à frente do BC na agenda de tecnologia, com o Pix, a internacionalização da moeda, o Open Finance e o Drex – este último responsável pela tokenização da economia – atuando de forma integrada. Segundo o presidente do BC, há dois blocos adicionais – a incorporação da inteligência artificial e a monetização de dados – a se avançar. Ele repetiu que as pessoas doam seus dados, em vez de vendê-los a empresas dispostas a pagar por eles.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Matheus Lopes
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