Pressionada pelos alimentos, inflação tem alta de 0,53% e chega a 5,77% nos últimos 12 meses

De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo IBGE nesta quinta-feira, 9, valor ficou 0,09 ponto percentual abaixo da taxa de dezembro (0,62%), o que indica leve desaceleração

  • Por Jovem Pan
  • 09/02/2023 10h04 - Atualizado em 09/02/2023 10h06
Adriano Makoto Suzuki/Flickr moedas de um real Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é calculado pelo IBGE para medir a inflação oficial do Brasil

Divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 9, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado como medidor da inflação oficial do Brasil, apontou alta de 0,53% em janeiro. Este é o quarto mês consecutivo de alta do índice. O valor ficou 0,09 ponto percentual abaixo da taxa de dezembro (0,62%), o que indica leve desaceleração. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice teve alta de 5,77%, ficando abaixo dos 5,79% observados nos 12 meses imediatamente anteriores a janeiro de 2022, quando a variação havia sido de 0,54%. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas Vestuário teve variação negativa em janeiro (-0,27%). O maior impacto no índice do mês veio de Alimentação e bebidas (0,59%), que contribuiu com 0,13 ponto percentual. Na sequência, veio o grupo Transportes, com impacto de 0,11 ponto percentual e alta de 0,55%. Já a maior variação veio de Comunicação (2,09%), que acelerou em relação ao resultado de dezembro (0,50%). O grupo de Saúde e cuidados pessoais, por sua vez, avançou 0,16%, valor abaixo do aumento registrado no mês anterior (1,60%). As demais áreas tiveram alta entre o 0,33% de Habitação e o 0,76% de Despesas pessoais.

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados de 28 de dezembro de 2022 a 27 de janeiro de 2023 com os preços vigentes de 30 de novembro a 27 de dezembro de 2022. O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. O aumento nos preços da batata-inglesa (14,14%), do tomate (3,89%), das frutas (3,69%) e do arroz (3,13%), justificam em parte a alta no grupo de Alimentação e bebidas. Por outro lado, houve queda em componentes importantes, como a cebola (-22,68%), o frango em pedaços (-1,63%) e as carnes (-0,47%). A variação da alimentação no domicílio (0,60%) ficou abaixo da registrada em dezembro (0,71%). Na alimentação fora do domicílio (0,57%), o maior impacto veio do lanche (1,04%). A refeição, por sua vez, teve alta de 0,38%, acima do mês anterior (0,19%). Os preços de refrigerantes e água mineral (0,81%) e a cerveja (0,43%) também subiram.

Também foi divulgado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que teve alta de 0,46% em janeiro, valor abaixo do registrado no mês anterior (0,69%). No acumulado dos últimos 12 meses, o INPC teve alta de 5,71%, abaixo dos 5,93% observados nos 12 meses imediatamente anteriores a janeiro de 2022, quando a variação foi de 0,67%. Diferentemente do IPCA, o INPC se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado. Ele também abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

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