Prévia do PIB recua 0,27% em setembro e fecha o 3º trimestre com retração de 0,14%

Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) registra segundo resultado negativo consecutivo em meio ao aumento da inflação

  • Por Jovem Pan
  • 16/11/2021 11h34
Marcos Santos/USP Imagens Cédulas de dinheiro Prévia indica segunda retração seguida do PIB no 3º trimestre

Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), registrou recuo de 0,27% em setembro, na comparação com agosto, segundo dados divulgados pela autoridade monetária nesta terça-feira, 16. Foi o segundo mês seguido que o indicador apresenta queda. Com o resultado, o IBC-Br registra recuo de 0,14% no terceiro trimestre de 2021, em paralelo com os três meses anteriores. No acumulado do ano, o índice avançou 5,88%, enquanto em 12 meses, somou alta de 4,22%. Na comparação com setembro do ano passado, o IBC-Br registrou crescimento de 1,52%. Os resultados negativos dos últimos meses ocorrem em meio à diminuição do poder de compra dos brasileiros em reflexo ao aumento da inflação. Em setembro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi a 1,16%, o maior valor desde 1994, e somou alta de 10,25% em 12 meses, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador oficial da inflação manteve a trajetória de alta em outubro ao acelerar para 1,15%, totalizando 10,67% em 12 meses. A desaceleração da economia no período também foi verificada pelo desempenho negativo das atividades da indústria, do comércio e da prestação de serviços.

O IBC-Br é visto pelos analistas como um antecedente do PIB, mesmo que a metodologia usada pelo Banco Central difira da empregada pelo IBGE, responsável pela divulgação da atividade econômica nacional a cada três meses. Enquanto a análise do BC leva em consideração variáveis dos setores de serviço, indústria e agronegócio, o resultado do IBGE é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Caso os dados se confirmem, será o segundo trimestre seguido de queda no PIB brasileiro. A economia encolheu 0,1% no trimestre encerrado em junho, após registrar alta de 1,2% entre janeiro e março. A deterioração com as perspectivas para a economia levou o mercado financeiro a rever para baixo a expectativa do PIB deste ano para alta de 4,88%, de acordo com previsões do Boletim Focus divulgados nesta manhã. Para 2022, a estimativa também foi rebaixada, passando para avanço de 0,93%. O valor oficial do PIB do terceiro trimestre será divulgado pelo IBGE no dia 2 de dezembro.

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