Projeção de renúncias de receitas em 2022 chega a R$ 71,1 bilhões, diz Ministério da Economia
Corte nas alíquotas do IPI e desoneração de impostos federais sobre os combustíveis respondem pela maior parte
As medidas de redução e desoneração de impostos aprovadas em 2021 e 2022 pelo governo federal gerarão uma renúncia de receitas estimadas em R$ 71,1 bilhões, informou o Ministério da Economia no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do terceiro bimestre, enviado ao Congresso na sexta, 22, e detalhado pela pasta nesta segunda, 25. O maior impacto é do corte de 35% na alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), no total de R$ 23,6 bilhões. Na sequência, aparecem as desonerações totais do PIS/Cofins e da Cide sobre gasolina e etanol, com um custo de R$ 16,51 bilhões, e os cortes desses tributos sobre diesel, querosene de avião e gás de cozinha, no valor total de R$ 14,94 bilhões.
O relatório também traz revisões em expectativas de receitas e nas projeções de gastos até o fim deste ano, na comparação com o anterior, publicado em maio. O déficit total passou para R$ 59,354 bilhões, ante R$ 65,5 bilhões do relatório de dois meses atrás. A projeção para receita primária total passou para R$ 2,226 trilhões, com aumento de R$ 59,014 bilhões. A previsão de despesa primária subiu R$ 45,819 bilhões, para R$ 1,834 trilhão em 2022, sendo que as despesas obrigatórias aumentaram R$ 46,746 bilhões, para R$ 1,679 trilhão. As discricionárias caíram R$ 927 milhões, para R$ 154,246 bilhões.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.