Relator do novo arcabouço fiscal deve entregar texto ao Congresso nesta semana

Envio do relatório estava previsto para 10 maio, mas foi adiado a pedido do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad; o relator Cláudio Cajado deve realizar ajustes finais

  • Por Jornal da Manhã
  • 15/05/2023 07h37 - Atualizado em 15/05/2023 08h21
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Brizza Cavalcante/Agência Câmara Claudio Cajado Cláudio Cajado (PP-BA) deve apresentar seu relatório final do arcabouço fiscal depois de se reunir com líderes partidários nesta segunda-feira, 15

O relatório do novo arcabouço fiscal deve ser entregue pelo deputado Cláudio Cajado (PP) à Câmara dos Deputados ainda esta semana. O envio estava previsto para 10 de maio, mas foi adiado a pedido do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Líderes de nove partidos que compõem o “blocão” de Arthur Lira (PP)  devem se reunir nesta segunda-feira, 15, para avaliar se há clima para votar o texto, proposto pelo governo Lula. O apoio do grupo, que reúne 175 parlamentares, pode ser decisivo na aprovação do texto. O presidente da Câmara está em contato frequente com Fernando Haddad, Gabriel Galípolo e técnicos do Ministério da Fazenda. O relator da proposta,  Deputado Cláudio Cajado, chegou a adiar a entrega na semana passada para fazer os últimos ajustes. O ministro da Fazenda disse que quer ver pontos da proposta antes da divulgação. O texto apresentado pelo Executivo deve sofrer modificações no Congresso.

Analistas avaliam os riscos de interferências políticas. O professor do Ibmec/RJ, Gilberto Braga, acredita que os bons resultados vão depender do crescimento do país. “A discussão que se tem hoje no Congresso coloca uma série de parâmetros. O primeiro é que existe a premissa de que a economia vai crescer porque para que você possa expandir as despesas do governo, é necessário o crescimento do PIB de maneira contínua. É algo que nos parece um tanto irreal. Se olharmos a linha de crescimento do PIB, esses crescimentos acentuados ano a ano se dão em momentos específicos e espaçados”, avalia. Um dos pontos questionados pela oposição trata da responsabilização do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em caso de não cumprimento da regra fiscal. O relator Claúdio Cajado adiantou que é contra qualquer tipo de criminalização caso a meta não seja alcançada.

*Com informações da repórter Berenice Leite

 

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