Rendimento do trabalho aumenta 2,5% no terceiro trimestre em comparação a 2021

Mesmo com melhora na economia, atividades informais e com a necessidade de menor qualificação foram os destaques no período; é o primeiro crescimento interanual nos ganhos do brasileiro desde o início da pandemia

  • Por Jovem Pan
  • 06/12/2022 16h38
ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Carteira de trabalho Mercado de trabalho segue no campo positivo em meio ao processo de normalização da economia

Um estudo publicado nesta terça-feira, 6, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) informa que o trabalhador brasileiro passou a ter um maior poder de compra no início do segundo semestre do que em comparação com o ano passado. Isso porque o estudo informa que a remuneração real, ou seja, descontada a inflação, aumentou em 2,5% no terceiro trimestre de 2021. É o primeiro crescimento interanual nos ganhos do brasileiro desde o trimestre de dois anos atrás, que marcou o início da pandemia de Covid-19. Mesmo com o crescimento, já que a renda média habitual real foi contabilizada em R$ 2.737, o valor ainda é 2% menor do que o registrado no terceiro trimestre de 2019. O setor que apresentou uma maior queda na renda média foram as atividades formais e os trabalhadores com maiores qualificações. Profissionais da administração pública tiveram uma queda de 0,6% no período, junto com atuantes nos setores de educação e saúde, que conferiram uma retração de 5,3% no período. Na direção oposta em termos de rendimentos, aqueles que atuam no segmentos de transporte, com 2,3% de avanço; construção, com 5,3%; serviços pessoais e coletivos, com 10,8%; e agricultura, com 12,7% obtiveram maior crescimento de renda nos terceiro trimestre. “Seguindo o padrão durante a pandemia, a maior parte dos setores apresentou aumento da renda habitual durante 2020 e queda da renda efetiva. As atividades mais dependentes da circulação de pessoas sofreram maior redução da renda efetiva em 2020: transporte, serviços pessoais e coletivos, alojamento e alimentação, comércio e construção. É justamente esse maior impacto que explica a recuperação da renda efetiva nesses setores após a segunda metade do ano de 2021”, explica trecho do estudo.

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