‘São Paulo tem condições de caminhar com as próprias pernas’, diz Tarcísio

Candidato ao governo do Estado minimiza críticas ao pacto federativo, defende redução do ICMS sobre os combustíveis e projeta novos investimentos e empregos

  • Por Jovem Pan
  • 19/08/2022 11h12 - Atualizado em 19/08/2022 11h51
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ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Tarcísio Gomes de Freitas O ex-ministro da Infraestrutura e pré-candidato ao governo do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos)

Candidato ao Governo de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) considera o que Estado tem condições de “andar com as próprias pernas”. A afirmação aconteceu durante sabatina no Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta sexta-feira, 19, ao ser questionado se também defenderia uma revisão do Pacto Federativo como Rodrigo Garcia (PSDB). Atual governador e candidato à reeleição, o tucano argumenta que São Paulo recebe pouco da União, na comparação com o valor que contribui, o que Tarcísio rechaça. “Será que recebe pouco? O Estado de São Paulo recebeu quase R$ 400 bilhões em transferência voluntárias e obrigatórias de 2019 até aqui. O Estado tem condições de andar com as próprias pernas. Tem o suporte do governo federal. São 2,4 milhões de pessoas recebendo o Auxílio Brasil todos os meses. A mão do Estado está, sim, presente aqui no Estado de São Paulo”, mencionou o ex-ministro da Infraestrutura. Nesta semana, o atual governador criticou o governo federal pelos repasses de verbas e afirmou que o Executivo federal “vai tirando o dinheiro federal dos investimentos e vai deixando nas costas dos governadores e prefeitos”. Segundo ele, apenas em 2021, São Paulo enviou R$ 716 bilhões em impostos federais, mas não teria recebido o suficiente.

“Estamos num país onde esse pacto precisa ser revisto para que a gente estabeleça prioridades e habitação é uma delas para que a gente possa minimizar o problema do déficit habitacional”, afirmou, tendo visão contrária do ex-ministro. Ainda na sabatina desta sexta-feira, Tarcísio de Freitas foi questionado também sobre a redução da alíquota do ICMS sobre os combustíveis, energia elétrica e telecomunicações nos Estados, uma proposta defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição e apoiador do ex-ministro em São Paulo, mas muito criticada pelos governadores, que falam em quedas bilionárias de arrecadação e impactos para investimento em saúde e educação. Para ele, a limitação da alíquota do imposto terá, no final das contas, uma série de investimentos ao Estado, gerando emprego e impulsionando os setores. “Uma redução tributária da carga tributária de São Paulo, uma revisão das substituições tributárias, redução de alíquotas do ICMS, a devolução dos créditos de ICMS, vai liberar uma energia potencial que está esperando para virar energia cinética, liberar uma série de investimentos que estão represados, esperando oportunidade de acontecer. E isso vai gerar muitos empregos e impulsionar o setor produtivo”, concluiu. 

Além dos aspectos econômicos, Tarcísio Gomes de Freitas também falou na entrevista sobre segurança pública, defendendo plano de carreira para a Polícia Militar; sobre as eleições, avaliando suas chances de chegar ao segundo turno contra Fernando Haddad (PT); e também fez avaliações a respeito do enfrentamento da pandemia em São Paulo, afirmando que, se fosse governador, teria feito tudo diferente de João Doria (PSDB), ex-governador que comandava o Palácio dos Bandeirantes no auge da pandemia. “O que aconteceu em São Paulo e em outros Estados na pandemia foi equivocado. Está mais do que provado. Era bastante racional que não ia surtir efeito nenhum. O case de vacinação no Brasil foi um sucesso. O Brasil adotou uma estratégia de diversificação de imunizantes. (…) No final das contas, houve a disponibilização, a oferta, houve a compra. Se comprou Pfizer, AstraZeneca, CoronaVac, porque o governo financiou a compra da CoronaVac, comprou todas as doses, e investiu muitos recursos no combate à pandemia. Acho que se atacou o problema da maneira que se tinha que atacar. Agora, houve muito espetáculo e utilização eleitoral nesse período”, finalizou. 

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