Superávit comercial do Brasil sobe para US$ 2,8 bilhões em fevereiro, mas exportações e importações têm queda
Apesar da baixa na saída e entrada de produtos, saldo é o terceiro maior para o mês desde o início da série histórica, em 1989
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgou os resultados da balança comercial de fevereiro de 2023, nesta quarta-feira, 1º. Segundo os dados do órgão, houve um saldo positivo de US$ 2,837 bilhões no mês. O valor representa um crescimento de 4,45% em relação a janeiro, quando foram registrados US$ 2,716 bilhões, e é o terceiro maior desde o início da série histórica, em 1989. No acumulado do ano, o superávit é de US$ 5,446 bilhões. As exportações somaram US$ 20,56 bilhões enquanto as importações acumularam US$ 17,723 bilhões. Contudo, em comparação às médias do mesmo mês do ano anterior, as exportações tiveram queda de 7,7% e as importações baixa de 0,9%. Na comparação com janeiro, a retração foi de 11,14% para as exportações e 13,2% para as importações. A indústria extrativa e a agropecuária tiveram também registraram queda na arrecadação. Os números caíram 38,2% e 5% respectivamente, com baixa de S$ 122,6 milhões e US$ 12,89 milhões, comparando com igual mês do ano anterior. Já a indústria de transformação teve crescimento de 5,7%, acumulando US$ 36,9 milhões a mais. O ministério indicou que o movimento de queda nos números foi motivado por um menor volume exportado, principalmente de soja e petróleo. A diminuição das exportações foi puxada pela queda da comercialização de café não torrado (-44,3%), algodão em bruto (-73,1%), trigo e centeio (-24,4%), arroz com casca, paddy ou em bruto ( -60,6%), óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-67,9%), minérios de níquel e seus concentrados (-100% ), pedra, areia e cascalho (-68,4%) e minérios de metais preciosos (-100%). Já o movimento de queda nas importações foi puxado pela diminuição na compra de gás natural (-85%) e carvão (-31,2%). China, Hong Kong, Macau, União Europeia e Estados Unidos continuam sendo os principais parceiros comerciais do Brasil.
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