Taxa de desemprego em decorrência da pandemia atinge 14,2% e bate recorde em novembro
População desocupada no Brasil chegou a 14 milhões de pessoas, o que representa aumento de 2% em relação a outubro e de 38,6% na comparação com o mês de maio, aponta o IBGE
A taxa de desemprego diante da pandemia do coronavírus bateu novo recorde em novembro, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A PNAD Covid-19, que foi divulgada pelo instituto na manhã desta quarta-feira, 23, mostra que a população desocupada chegou a 14 milhões, um aumento de 2,0% em relação a outubro e de 38,6% na comparação com o mês de maio quando o levantamento foi iniciado. O número de desempregados registrou alta na Região Nordeste, com um aumento de 4,7%. Segundo o IBGE, as outras regiões se mantiveram estáveis em novembro. A taxa de desocupação entre as mulheres foi de 17,2%, maior que a dos homens, de 11,9%, aponta pesquisa.
Em relação ao número de pessoas ocupadas, o crescimento foi de 0,6% em relação a outubro. São 84,7 milhões de brasileiros ocupados, uma alta de 0,3% frente a maio. Com isso, a força de trabalho aumentou para 98,7 milhões de pessoas. A força de trabalho é a soma do total da população ocupada e a desocupada, ou seja, pessoas em busca de trabalho. “A população ocupada se aproximou do patamar de março, apesar da taxa de desocupação maior. Isso porque temos mais pessoas pressionando o mercado de trabalho em busca de uma ocupação. Esses números refletem a flexibilização das medidas de distanciamento social, com mais pessoas mês a mês deixando de estar fora da força de trabalho”, explica a coordenadora da pesquisa, Maria Lucia Viera.
Auxílio emergencial
Ao menos um morador em cerca de 41,0% dos domicílios brasileiros recebeu algum auxílio do governo em novembro. Em outubro, esse percentual foi de 42,2%. O valor médio entre as 28,1 milhões de famílias que receberam auxílio emergencial foi de R$ 558 por domicílio. Segundo Maria Lucia, todas as regiões e estados registraram queda em novembro frente a outubro. As regiões Norte (57,0%) e Nordeste (55,3%) são as que registram o maior número de domicílios beneficiados. Em relação aos estados, Amapá teve a maior proporção, de 70,1%. Em seguida, Pará, com 61,1%, e Maranhão, com 60,2%.
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