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EI fecha mesquitas e detém 40 ímãs sunitas em Mossul

Mossul (Iraque), 13 set (EFE).- Os jihadistas do Estado Islâmico (EI) fecharam várias mesquitas na cidade de Mossul, no norte do Iraque, e detiveram 40 clérigos sunitas por não seguirem suas interpretações radicais da religião e não terem jurado fidelidade ao autoproclamado califa Abu Bakr al-Baghdadi.

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O xeque local Mohammed Hashem explicou neste sábado à Agência que a recusa dos religiosos a cumprirem as ordens dos extremistas é o motivo da perseguição, como explicaram alguns jihadistas durante o sermão de ontem em alguns templos.

Os 40 imãs e predicadores de mesquitas da cidade foram detidos e depois levados para um local desconhecido, e outros foram colocados em prisão domiciliar ao longo da sexta-feira, o que provocou a interrupção da reza em vários casos.

Hashem lembrou que um grande número de religiosos sunitas fugiu de Mossul por causa do extremismo do EI desde que ele tomou o controle total da cidade, em dez de junho.

O analista político Ahmed Ibrahim al Ali explicou à Efe que após o colapso do sistema de segurança e administrativo de Mossul muitos civis se refugiaram nas mesquitas, acreditando que estarem perto dos clérigos estariam a salvo.

Após ocupar várias zonas do norte do Iraque, os jihadistas impuseram uma interpretação radical da lei islâmica e chamaram à destruição dos lugares santos dos xiitas, embora agora também comecem a fechar mesquitas sunitas.

O EI proclamou um “califado” nos territórios sob seu controle no norte da Síria e do Iraque, e agora tenta continuar a avançar para Erbil, capital da região autônoma do Curdistão, sob bombardeios de aviões americanos e iraquianos. EFE

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