EI perdeu cerca de um terço de seu território na Síria e Iraque, segundo EUA

Washington, 14 abr (EFE).- O Estado Islâmico (EI) perdeu entre 25% e 30% do território sob seu controle, especialmente pelo progresso no Iraque das forças curdas e do governo central, que seguem avançando, disse nesta terça-feira o Pentágono.

Os ataques aéreos da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos permitiram que as forças curdas e locais conquistassem o controle no terreno das cidades sírias de Kobani e Tal Hamis, assim como avançar no cerco no Iraque de Sinjar, Tal Afar, Mossul e Baiji, ainda sob controle do EI.

Em entrevista coletiva, o porta-voz adjunto do Pentágono, o coronel Steve Warren, reconheceu hoje que, no entanto, as forças do EI seguem efetuando ataques à importante refinaria de Baiji e nos arredores de Tikrit, cidade tomada por forças iraquianas e milícias xiitas mas que ainda conta com bolsões de resistência.

Na opinião do Pentágono, os avanços perante o EI, que ainda controla uma grande parte do norte e nordeste sírio, assim como parte das margens dos rios Eufrates e Tigre, foram possíveis graças à combinação de ataques aéreos da coalizão e a ofensiva de forças iraquianas e curdas.

O Departamento de Defesa calcula que o EI perdeu o controle de entre 13.000 e 17.000 quilômetros quadrados de terreno desde o momento auge da expansão de grupo jihadista em agosto de 2014.

Além disso, o EI perdeu o controle de Amerli, Haditha, das cercanias da montanha de Sinjar e da represa de Mossul, onde tinha uma forte presença e ameaçava as Forças Armadas iraquianas em pontos estratégicos.

O Pentágono apontou que, essencialmente, o EI recuou ao oeste ou ao sul em zonas próximas a Erbil (capital do Curdistão iraquiano) e para as províncias de Babilônia, Bagdá e Kirkuk.

As forças iraquianas estão avançando agora lentamente na província de Al-Anbar, onde tentam ganhar o apoio de tribos sunitas.

Ao mesmo tempo, as forças curdas e do governo central iraquiano preparam um iminente ataque à cidade de Mossul com a ajuda da aviação americana.

Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, foi tomada pelo EI em junho do ano passado, o que permitiu ao grupo confiscar grandes arsenais e avançar rapidamente rumo ao sul, para Bagdá. EFE