EI recrutou 1,1 mil menores de idade ou “filhotes do califado” na Síria

  • Por Agencia EFE
  • 09/07/2015 09h49

Beirute, 9 jul (EFE).- O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) recrutou mais de 1,1 mil menores de idade desde o começo deste ano na Síria, que são denominados “filhotes do califado”, informou nesta quinta-feira o Observatório Sírio de Direito Humanos.

A ONG apontou que a organização extremista captou os menores através de escritórios especiais nos territórios que domina nas províncias de Homs e Hama, no centro do país, e em Deir ez Zor, Al Hasaka, Al Raqqah e Aleppo, no norte.

Uma vez que são recrutados, os jihadistas os empregam em algumas ocasiões na batalha.

O Observatório destacou que nos três últimos dias três “filhotes do califado” cometeram atentados suicidas com carros-bomba em várias zonas.

Dois deles atacaram na segunda-feira os arredores da área de Jabal Abdelaziz, no oeste de Al Hasaka, e as imediações de Ain Aisa, em Al Raqqah.

O terceiro cometeu o ataque ontem contra uma concentração de milicianos curdos em Anfa al Zaker, ao sul do enclave de Kobani, em Aleppo.

Além disso, desde 6 de julho, pelo menos nove menores de idade morreram em combates contra as forças curdas e pelos bombardeios da coalizão internacional em Jabal Abdelaziz, Ain Aisa e Serrin, ao sul de Kobani, indicou a mesma fonte.

O Observatório lembrou que o EI começou a envolver de forma notável crianças na batalha no começo do ano, depois que as autoridades turcas aumentaram as medidas de segurança para evitar a infiltração de jihadistas estrangeiros nas zonas fronteiriças entre Síria e Turquia.

Em janeiro, os extremistas enviaram um grupo de menores para lutar em Kobani, dos quais seis perderam a vida, após provavelmente receber treino no nordeste de Aleppo, indicou a ONG.

No final do mês passado, o Observatório documentou a morte de 14 “filhotes do califado” no Iraque em choques contra as forças iraquianas, bombardeios da coalizão e atentados suicidas com carros-bomba, depois que foram enviados ao território iraquiano após receber formação militar na Síria.

A fonte ressaltou que recebeu informações de que um total de 150 menores poderiam ter perdido a vida até o momento nas fileiras do EI em várias zonas, mas advertiu que não pôde comprovar este dado.

As crianças e adolescentes também foram protagonistas de vídeos do EI, nos quais assassinavam prisioneiros.

O último foi divulgado no sábado pelo grupo radical e mostrava como jovens, aparentemente menores de idade, matavam por um disparo na cabeça 25 soldados das forças do regime sírio no teatro romano da cidade monumental de Palmira, conquistada pelo EI em maio. EFE

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