Eleição em província da Argentina é marcada por denúncias de irregularidades

  • Por Agencia EFE
  • 24/08/2015 02h37

Buenos Aires, 23 ago (EFE).- O pleito na província de Tucumán, no norte da Argentina, para o qual foram convocados neste domingo 1,6 milhão de eleitores, se viu marcado por denúncias da oposição de supostas irregularidades e por uma lenta apuração dos votos.

Duas pessoas foram detidas na cidade de Sargento Moya, ao sul da capital provincial, por supostamente queimar urnas, segundo informaram meios de comunicação locais.

Em uma escola de San Miguel de Tucumán, um fiscal da aliança opositora Acordo pelo Bicentenário descobriu que uma urna já continha votos em seu interior antes de começar a eleição, enquanto um cinegrafista denunciou que foi agredido quando filmava a entrega de bolsas de comida a eleitores por distintas forças políticas.

Cinco horas depois do fechamento dos colégios eleitorais tucumanos, às 23h (mesmo horário de Brasília), tinham sido apurados apenas 1,65% dos votos.

Segundo os primeiros resultados, o partido governante Frente para a Vitória (Fpv) conseguia manter o governo provincial com 77,83% dos votos, contra 20,29% da coalizão Acordo pelo Bicentenário, respaldada pelos candidatos presidenciais opositores Mauricio Macri e Sergio Massa Se esses resultados forem confirmados, o ex-ministro de Saúde Juan Mansur sucederia José Alperovich como governador de Tucumán.

O candidato presidencial do Fpv, Daniel Scioli, viajou para Tucumán para acompanhar Mansur durante a apuração.

Em sua chegada ao bunker eleitoral, Scioli acusou os que denunciaram irregularidades de querer “manchar esta grande jornada democrática” e afirmou que os opositores “primeiro foram contra o voto dos jovens, depois quiseram suspender as eleições e agora põem um manto de dúvida”.

O pleito de Tucumán é o primeiro teste eleitoral após as primárias gerais do último dia 9 de agosto, nas quais Scioli foi o candidato mais votado com 38,4% dos votos, seguido de Macri (24,28%) e Massa (14,23%).

A eleição provincial no Chaco, no próximo dia 20 de setembro, será o último teste eleitoral antes dos pleitos gerais de 25 de outubro, nos quais serão eleitos o sucessor de Cristina Kirchner na presidência, além de legisladores nacionais, provinciais e prefeitos. EFE

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