Em visita à Colômbia, embaixadores de 17 países mostram preocupação com crise

  • Por Agencia EFE
  • 02/09/2015 23h40

Bogotá, 2 set (EFE).- Embaixadores de 17 países mostraram nesta quarta-feira preocupação pela crise na fronteira entre a Colômbia e a Venezuela, durante uma visita à Cúcuta para conhecer os efeitos das deportações e do êxodo migratório provocado pelo país vizinho.

Os diplomatas visitaram os acampamentos instalados em Cúcuta, que já abrigam 1.100 colombianos deportados pela Venezuela e outros 10.000 que optaram por cruzar voluntariamente a fronteira de volta para casa, conforme dados da ONU.

“O que posso dizer é que não é um problema político, para mim é um drama humano”, afirmou o embaixador da Turquia, Engin Yürür, citado em um comunicado divulgado pela presidência da Colômbia.

Os 17 embaixadores assistiram ao Conselho de Ministros Extraordinário convocado pelo presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, realizado em Cúcuta.

Nesta comitiva estava presente, entre outros, o embaixador do Equador, César Vallejo, cujo país votou contra realizar uma reunião de chanceleres dos 34 países da Organização dos Estados Americanos (OEA) para abordar a crise fronteiriça.

O Conselho Permanente da OEA se reuniu na última segunda-feira, em sessão extraordinária convocada pela Colômbia, para pedir uma cúpula de chanceleres. O encontro foi rejeitado porque faltou um voto para os 18 necessários, enquanto 11 se abstiveram e cinco foram contra a proposição.

Também estiveram em Cúcuta o embaixador da Argentina, Celso Jaque, assim como o do Brasil, Maria Elisa Berenguer, cujos delegados na OEA se abstiveram no conselho extraordinário da OEA.

O embaixador dos Estados Unidos, Kevin Michael Whitaker, afirmou à imprensa que é necessário “buscar uma solução pacífica, duradoura e diplomática” para o conflito na fronteira. Além disso, mostrou apoio às medidas tomadas pelo governo de Santos até o momento.

“Não minimizo a situação em que a crise se encontra, mas houve uma resposta contundente por parte do governo da Colômbia”, afirmou o embaixador americano, uma posição defendida por outros diplomatas.

A crise teve início quando o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou o fechamento da passagem fronteiriça entre Cúcuta e San Antonio, cidade do estado de Táchira, com o argumento de combater o contrabando e supostos paramilitares. EFE

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