Emigrantes latino-americanos chegam a 28,5 milhões, aponta estudo da Cepal

  • Por Agencia EFE
  • 11/11/2014 14h19

Santiago do Chile, 11 nov (EFE).- Cerca de 28,5 milhões de latino-americanos e caribenhos vivem em países diferentes de seu nascimento, 70% deles nos Estados Unidos, enquanto os imigrantes chegam a 7,6 milhões de pessoas no continente, provenientes principalmente da própria região.

Os números foram divulgados em um estudo sobre os padrões e tendências das migrações regionais produzido pela Comissão Econômica Para a América Latina e o Caribe (Cepal), que compara dados dos censos de 2000 e 2010.

Os 28,5 milhões de emigrantes correspondem a 4% da população total da América Latina e do Caribe, superando os 26 milhões contabilizados no levantamento feito em 2000.

Ao analisar os países de origem, 11,8 milhões de emigrantes são do México, que concentra 40% do total da região. A Colômbia ocupa a segunda posição, com quase 2 milhões. Completam a lista El Salvador (1,3 milhão), Cuba (1,2 milhão) e Republica Dominicana (1 milhão).

Os Estados Unidos ocupam o primeiro lugar no ranking de países de destino, com 20,8 milhões de pessoas, que inclui praticamente a totalidade dos emigrantes mexicanos.

Os imigrantes na própria América Latina e no Caribe, no entanto, cresceram para 7,6 milhões de pessoas, 63% deles procedentes de países da própria região.

O Brasil é citado como um dos principais destinos desse movimento migratório interno, segundo a Cepal, recebendo 592 mil emigrantes da região. A Argentina lidera a lista, com 1,8 milhão, seguida pela Venezuela (1,1 milhão) e México (968 mil).

O estudo reflete um aumento da migração inter-regional e uma ligeira queda da emigração para outros continentes. Os fluxos migratórios internos cresceram a um ritmo anual de 3,5% entre 2000 e 2010, índice superior à média de 1% registrada nos 20 anos anteriores, disse a Cepal.

Por causa do dinamismo das migrações na América Latina e no Caribe, o relatório destaca que os encontros intergovernamentais estão incluindo em suas agendas uma posição comum de defesa dos direitos humanos dos migrantes.

Neste contexto, a Cepal propõe a construção de uma política que alcance a plena inclusão da migração nas estratégias de desenvolvimento posteriores a 2015. EFE

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