Empresas brasileiras esperam que Brics contemplem câmbio direto de moeda

  • Por Agencia EFE
  • 14/07/2014 18h19

Fortaleza, 14 jul (EFE).- Os empresários do Brasil esperam que o novo banco de desenvolvimento dos Brics contemple o câmbio direto de moeda entre as cinco maiores economias emergentes do mundo para “baratear os custos de transação”.

Essa expectativa foi expressada em entrevista coletiva na cidade de Fortaleza por Rubens de La Rosa, presidente rotativo do Brics Business Council, instituição criada na quinta reunião do grupo realizada no ano passado em Durban (África do Sul) e formada por 25 empresas, cinco de cada país.

“A ideia é que se tenho que fazer uma remessa a Índia não tenha que converter (os reais) a dólares e depois a rúpias”, comentou De la Rosa, que comemorou a futura criação do banco de fomento conjunto dos Brics e do fundo de reservas, mecanismos que deverão ser formalizados amanhã durante a cúpula.

Esse pedido, proposto pelo Brasil, constará no documento final que o Conselho Empresarial dos Brics entregará amanhã aos presidentes dos cinco países e no qual sugerem medidas para melhorar as relações empresariais entre os países do bloco.

Além do câmbio direto, o Business Council solicita através de seu relatório que os Brics facilitem a isenção de vistos entre os membros do bloco e que harmonizem os padrões técnicos para melhorar a “comercialização” entre as empresas.

Na entrevista coletiva também participou o presidente da Confederação Nacional de Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, que detalhou que uma rodada de negócios com empresários no marco da VI Cúpula permitirá “relações mais sérias” entre as indústrias dos diferentes países.

A reunião desta segunda-feira será protagonizada pelo encontro entre os ministros de Fazenda e presidentes dos Bancos Centrais de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul para definir os últimos detalhes de um novo marco financeiro mundial que servirá como alternativa ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

O Banco de Desenvolvimento dos Brics e o Acordo de Reservas de Contingência (CRA, na sigla em inglês) deverão ser formalizados amanhã em Fortaleza pelos líderes dos cinco países. EFE

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