Espanha considera “intoleráveis” os “insultos e ameaças” de Maduro
Madri, 15 abr (EFE).- O governo da Espanha classificou nesta quarta-feira de “intoleráveis” as últimas “declarações, insultos e ameaças” contra o país feitas pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e argumentou que este tipo de comentário “não contribui para um mínimo entendimento” entre os dois governos.
Em comunicado do Ministério das Relações Exteriores, o governo disse que o diretor-geral da região ibero-americana, Pablo Gómez de Olea, expressou hoje ao embaixador venezuelano em Madri, Mario Isea, o mal-estar e rejeição pelas palavras de Maduro.
O presidente venezuelano criticou ontem uma resolução aprovada no Congresso dos Deputados espanhol em favor da libertação de políticos venezuelanos presos e disse que preparará um conjunto de “respostas integrais” para enfrentar Madri. Maduro afirmou ainda que não tolerará “abusos, desprezos e racismo”.
No comunicado, o ministério disse que as autoridades espanholas “foram e serão sempre respeitosas com dignidade das pessoas que ocupam cargos de governo na Venezuela”.
Gómez de Olea expressou ao embaixador venezuelano que este tipo de declarações e insultos “não contribuem para um mínimo entendimento entre dois governos que representam dois povos unidos historicamente por estreitos laços”.
“O embaixador da Venezuela tomou nota das mensagens e assinalou que as comunicaria para suas autoridades”, acrescentou o governo.
A resolução do parlamento espanhol pede a libertação “imediata” de opositores como Leopoldo López e o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, entre outros.
Logo após a aprovação da medida o presidente da Venezuela criticou a resolução e disse que quer ter boas relações com a Espanha e seu Executivo, mas ressaltou: “até quando vamos aguentar abusos, desprezos, racismo?”. EFE
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