Esquerda paraguaia pede renúncia de Cartes, que completar dois anos no cargo
Assunção, 15 ago (EFE).- Organizações da esquerda paraguaia se manifestaram no centro de Assunção e pediram a renúncia do presidente paraguaio, Horacio Cartes, que neste sábado completou dois anos à frente do Executivo, ao mesmo tempo que denunciaram que seu governo não atende as demandas sociais do país.
O protesto, convocado pelo Congresso Democrático do Povo (CDP), plataforma que engloba 30 organizações de esquerda, reuniu centenas de pessoas diante do Panteão dos Heróis, onde vários oradores criticaram o balanço dos dois anos de Cartes.
No ato também participaram representantes da Frente Guasu (FG), a formação do ex-presidente e atual senador Fernando Lugo, que é integrada no CDP.
Às vésperas desse ato, o FG alertou em comunicado que o governo está aumentando “a carga tributária sobre os setores mais pobres” e ao mesmo tempo rejeitando propostas dessa formação para elevar os impostos sobre produtos como o grão natural e o tabaco.
Uma situação que, segundo o FG, “agrava seriamente a dramática injustiça tributária” e constitui “uma realidade que foi denunciada inclusive por organismos internacionais”.
Cartes se dirigiu na noite de nesta sexta-feira ao país, por ocasião de seu segundo aniversário no cargo, que se estende até 2018, e recalcou que suas prioridades são a luta contra a pobreza e a contribuição ao desenvolvimento econômico através de um programa de obras de infraestrutura e atraindo o investimento estrangeiro.
Um milhão e meio de paraguaios estão em situação de pobreza, o que equivale a 22,6% da população do país, que conta com 6.780.504 habitantes, segundo os últimos dados oficiais.
O Banco Central do Paraguai estima um crescimento do Produto Interno Bruto do país de 4% para 2015. EFE
jm/ff
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.