Estudantes que ocupam o Centro Paula Souza, uma das Escolas Técnicas do Estado (ETECs) de São Paulo, acompanham audiência pública que discute o pedido de reintegração de posse do prédio, no Fórum Hely Lopes Meirelles, no centro da capital paulista.
A audiência é presidida pelo juiz Luis Manuel Fonseca Pires e, além dos estudantes, é acompanhada por representantes da escola, da Defensoria Pública, do Ministério Público e da Procuradoria do Estado. Um grupo de estudantes e jornalistas não pode entrar e permanece do lado de fora do fórum.
O Centro Paula Souza, órgão responsável por administrar o ensino técnico em São Paulo, foi ocupado por estudantes na última quinta-feira (28), em protesto contra cortes na merenda e denúncias de corrupção nos contratos de alimentação escolar.
No domingo (1º), a Justiça paulista determinou a reintegração de posse do prédio, mas estudantes decidiram permanecer no local. Na segunda-feira (2), um batalhão da Polícia Militar entrou no local por volta de 11h30 e permaneceu lá durante toda a tarde, ação considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, já que o mandado de desocupação não havia sido expedido.
A chamada “tropa do braço”, que atua apenas em manifestações, só deixou o local às 19h45, pela porta dos fundos, após negociação entre o comandante da operação, representantes dos estudantes e membros do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana.
Além do CPS, onze unidades de ensino técnico estão ocupadas em São Paulo: ETEC Santa Ifigênia (Luz), ETEC São Paulo (Luz), ETEC Paulistano (Jardim Paulistano), ETEC Basilides de Godoy (Vila Leopoldina), ETEC Jaraguá (Jaraguá), ETEC Pirituba (Pirituba), ETEC Embu das Artes (Embu das Artes), ETEC Zona Sul (Jardim Vergueiro), ETEC Mandaqui (Santana), ETEC Horácio Augusto Silveira (Vila Guilherme), ETEC Prof. Aprígio Gonzaga (Penha).