Estudantes atacam batalhão no México em protesto por 43 desaparecidos

  • Por Agencia EFE
  • 19/02/2015 20h28

Chilpancingo (México), 19 fev (EFE).- Aproximadamente, 200 estudantes atacaram com coquetéis molotov nesta quinta-feira as instalações do 35º Batalhão de Infantaria do Exército em Chilpancingo, capital do estado de Guerrero, em protesto pelos 43 jovens desaparecidos em 26 de setembro do ano passado.

Os alunos da Escola Normal Rural Raúl Isidro Buergos, em Ayotzinapa, em Tixtla, atacaram as instalações militares durante a comemoração dos 102 anos do exército mexicano, contudo não houve registro de feridos.

“Nos faltam 43”, escreveram eles na fachada do batalhão situado em Chilpancingo. O grupo chegou em quatro ônibus vindos da instituição de formação de professores e, depois da ação, que durou alguns minutos, voltaram à escola.

Durante a celebração do Dia do Exército no Campo Militar Marte da capital mexicana, o presidente Enrique Peña Nieto afirmou que a “honorabilidade das forças armadas está acima de qualquer suspeita ou dúvida”.

O secretário de Defesa, Salvador Cienfuegos, também saiu em prol da instituição ao afirmar que em algumas ocasiões o exército foi criticado sem provas.

“Existem situações sensíveis que despertaram o sentir e o pensar da sociedade, as forças armadas não ficaram isentas dessas reflexões. Em algumas ocasiões, no entanto, nos assinalaram sem esgotar as causas legais para tentar nos desprestigiar”, disse.

Desde o ocorrido, os parentes dos estudantes desaparecidos pedem que seja investigado o papel das forças armadas nos atos violentos de 26 de setembro em Iguala, nos quais seis pessoas morreram e outras 25 ficaram feridas em atos cometidos por policiais locais.

De acordo com a investigação oficial, os 43 futuros professores foram detidos por policiais e entregues a membros do cartel Guerreros Unidos, que supostamente os assassinou e queimou os corpos em um lixão, ao acreditar que pertenciam ao grupo rival “Los Rojos” (Os Vermelhos), uma versão contestada pelos familiares das vítimas. EFE

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