Estudantes chilenos convocam primeira manifestação de 2015
Santiago do Chile, 13 abr (EFE).- A Confederação de Estudantes do Chile (Confech) confirmou nesta segunda-feira a convocação da primeira manifestação estudantil do ano, para o próximo dia 16, em protesto contra a reforma educacional promovida pelo governo de Michelle Bachelet.
Sob o lema “Que o Chile decida sua educação”, a mobilização pretende chamar a atenção das autoridades para que aprofundem a reforma educacional e os convidem a fazer parte das discussões.
“Fazemos um chamado às autoridades a dar sinais claros sobre como vai ser o caminho das reformas que estão em curso”, explicou a presidente da Federação de Estudantes da Universidad do Chile (FECh), Valentina Saavedra.
“Queremos que (os políticos) se abram a um acordo amplo com a sociedade para construir a reforma educacional”, esclareceu.
A participação inclusiva junto ao Ministério da Educação no trâmite legislativo dos projetos de lei que formam a reforma educacional é um dos principais pedidos do movimento estudantil.
“As organizações estão disponíveis para construir uma reforma e esperamos que também nos convoquem para construí-la de maneira essencial e não somente para diálogos de cortesia”, acrescentou Saavedra.
O porta-voz da Coordenadora Nacional de Estudantes do Ensino médio (Cones), Ricardo Paredes, se pronunciou nesta mesma linha, ao garantir que os estudantes estão preparados para dialogar construtivamente com o governo.
“Temos a vontade e as propostas, por quanto só falta que as autoridades se sentem conosco”, ressaltou Paredes, que acrescentou que “os problemas deste país são o reflexo da educação pública” dele.
A Confech publicou nesta segunda-feira um vídeo que destaca o contexto atual do país, como os vários casos de corrupção que enfraqueceram o ambiente político.
O vídeo propõe à população “assumir o problema, para que pesem mais os milhões de chilenos do que os milhões de pesos dos corruptos e dos empresários”.
A mobilização foi convocada por Confech, Cones, Assembleia Coordenadora de Estudantes do Ensino médio (Aces) e Colégio de Professores. EFE
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