Jovem Pan
Publicidade

Estudantes do Colégio Estadual do Paraná devem desocupar escola

Ocupação de estudantes no Colégio Estadual do Paraná

Uma assembleia realizada no Colégio Estadual do Paraná (CEP), na noite de sexta-feira (28), decidiu pela “desocupação da instituição”.

Publicidade
Publicidade

Durante a noite centenas de pais estiveram em algumas escolas para fazer uma rede de proteção aos alunos que estavam nas ocupações. O Colégio Pedro Macedo era uma dos que mais chamava a atenção pelo clima tenso que se formou, após o prédio ter sido ameaçado de invasão por integrantes do MBL na noite de quinta-feira (27).

Membros da diretoria fizeram um pronunciamento à imprensa próximo da meia-noite e mostraram a insatisfação com o acordo feito durante a tarde entre governo do Estado, Procuradoria Geral do Estado, Defensoria Pública e Ministério Público Estadual. Havia uma expectativa sobre a aceitação ou não do acordo por parte do maior colégio do Estado, com mais de cinco mil alunos matriculados.

“Nossa posição em relação à proposta apresentada pelo Ministério público e Defensoria Pública é que ela não respeita e não compreende a horizontalidade do movimento das ocupações. Em nenhum momento concordamos com o apresentado pelas autoridades presentes, deixando evidente que a decisão não cabe a apenas um representante”, informaram.

Segundo os integrantes do movimento, o Ocupa CEP não pode se sobrepor à decisão tomada em relação às outras escolas que serão desocupadas. “Ocupa CEP não tem o protagonismo sobre as outras ocupações. Nos foi imposto um acordo que fere esta característica do movimento. Nos delegaram uma função que ofende o protagonismo das outras escolas da capital paranaense e não podemos concordar em manter a nossa ocupação em detrimento das de nossos companheiros”.

A direção da CEP também denuncia a mudança de rumo que a reunião tomou. “Nós fomos atraídos para uma reunião que deveria ser uma discussão de caráter emergencial sobre as reintegrações de posse. Porém, o que houve foi um coerção do Estado para a desocupação em massa, com a tentativa de centralizar os estudantes no Ocupa CEP e fragilizar o movimento secundarista”.

Publicidade
Publicidade