Estudo nega que cigarros eletrônicos ajudem a deixar de fumar
Washington, 24 mar (EFE).- Um estudo científico divulgado nesta segunda-feira nega que o uso de cigarros eletrônicos esteja associado a maiores taxas de abandono do tabaco ou a reduções de seu consumo.
O trabalho, realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Francisco e publicado na revista “JAMA Internal Medicine”, rejeita uma vinculação entre o consumo dos cigarros eletrônicos e o do tabaco convencional.
As autoras do estudo analisaram os dados de 949 fumantes, 88 dos quais eram também fumantes de cigarros eletrônicos, para determinar se estes dispositivos que não têm tabaco e nos quais se inala nicotina líquida e outros produtos químicos vaporizados influem no consumo de tabaco.
O baixo número de usuários destes dispositivos que participaram do estudo pode ter afetado à capacidade das pesquisadoras de encontrar uma associação entre o uso de cigarros eletrônicos e o abandono do tabagismo, reconhecem as autoras no estudo.
Os cigarros eletrônicos são promovidos como uma ferramenta para deixar de fumar e foram realizadas diferentes pesquisas sobre sua efetividade, mas chegaram a resultados contraditórios.
O estudo da Universidade da Califórnia conclui que o uso de cigarros eletrônicos não estava relacionado com o abandono do tabagismo nem com uma mudança no consumo de tabaco, um ano após começar a utilizar estes dispositivos.
Além disso, destaca que as mulheres, os jovens e as pessoas com menores níveis de educação são os setores de população que mais utilizam os cigarros eletrônicos.
“Infelizmente, a evidência de se os cigarros eletrônicos ajudam os fumantes a deixar de fumar é contraditória e pouco conclusiva”, explicou o subdiretor da “JAMA Internal Medicine”, Mitchell H. Katz, em comunicado.
Katz acrescentou que Rachel Grana, a diretora do estudo, e suas colegas “aumentam o peso das provas que indicam que os cigarros eletrônicos não estão associados a maiores taxas de abandono do hábito de fumar”. EFE
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