EUA e Reino Unido formarão célula conjunta contra ciberataques

  • Por Agencia EFE
  • 16/01/2015 18h08

Washington, 16 jan (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, chegaram a um acordo nesta sexta-feira para que as agências de inteligência de ambos os países formem uma célula conjunta para coordenar respostas contra ameaças cibernéticas.

Os dois governos também realizarão “exercícios conjuntos de cibersegurança e defesa de redes”. No ano que vem, um primeiro exercício terá como foco o setor financeiro, anunciou a Casa Branca em um comunicado divulgado após a reunião.

“Em função do urgente e crescente perigo dos ciberataques, decidimos expandir nossa cooperação em cibersegurança para proteger nossa infraestrutura mais crítica, nossos negócios e a privacidade de nossos povos”, disse Obama em uma entrevista coletiva concedida ao lado de Cameron.

O primeiro-ministro britânico concordou com a necessidade de fomentar uma estrutura conjunta para “proteger melhor” a população dos dois países diante dos ciberataques, como o atribuído a Coreia do Norte contra o estúdio Sony, em dezembro, e o que atingiu nesta semana o Twitter do Comando Central dos Estados Unidos.

A célula conjunta terá uma presença operacional nos EUA e no Reino Unido e permitirá que a “informação sobre ameaças cibernéticas se divida em maior escala e num ritmo mais rápido”, segundo a Casa Branca.

A Agência de Segurança Nacional (NSA) e o FBI, pelo lado americano, e a o Serviço de Segurança (MI5) e a Sede de Comunicações do Governo (GCHQ), pelo lado britânico, formarão a célula conjunta.

Os exercícios têm como objetivo melhorar a segurança de infraestrutura cibernética de ambos os países e “melhorar a capacidade de responder a atividade maliciosa” na internet”, disse a Casa Branca.

Além disso, os dois governos financiarão uma bolsa em cibersegurança, que permitirá que especialistas de ambos os países pesquisam o assunto durante seis meses.

Por último, a Universidade de Cambridge e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) realizarão uma competição acadêmica sobre cibersegurança para incentivar a pesquisa no setor. EFE

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