EUA excluem Rússia de programa de benefícios comerciais

  • Por Agencia EFE
  • 07/05/2014 19h11

Washington, 7 mai (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta quarta-feira sua intenção de excluir a Rússia do programa de benefícios comerciais no marco das tensões entre os dois países pela crise na Ucrânia.

Em carta enviada ao Congresso, Obama explicou a decisão de retirar a Rússia da lista dos países que podem ter acesso ao benefício comercial porque “já é sufientemente avançada economicamente” e, portanto, “não precisa de um tratamento preferencial reservado para os países menos desenvolvidos”.

Embora a Casa Branca argumente razões econômicas para esta medida, não deixou passar a oportunidade de mencionar a crise na Ucrânia, onde movimentos separatistas pró-Rússia e forças do Exército ucraniano se enfrentam em regiões orientais do país.

“As ações da Rússia sobre a Ucrânia, embora não estejam diretamente relacionadas com a decisão do presidente, fazem particularmente apropriado tomar esta medida agora”, disse Caitlin Hayden, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional em mensagem em resposta a um consulta da Agência Efe.

Por sua vez, o representante de Comércio Exterior dos EUA, Michael Froman, acrescentou que estes benefícios comerciais têm como objetivo “ajudar os países em desenvolvimento a usar o comércio como impulsor de suas economias”, e que no caso da Rússia já está “avançada” acima do ponto marcado para ter acesso a estas preferências.

Deste modo, as importações russas aos EUA deverão pagar as tarifas normais, frente às isenções que recebiam certos produtos dentro do programa.

Os EUA e a União Europeia aplicaram diversas sanções econômicas contra funcionários e empresários russos em resposta às ações “desestabilizadoras” de Moscou na Ucrânia. EFE

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