EUA fecham embaixada no Iêmen para o público “até novo aviso”
Washington, 26 jan (EFE).- O governo americano anunciou nesta segunda-feira o fechamento para o público de sua embaixada no Iêmen, “até um novo aviso”, como consequência da agitação civil no país após a renúncia das autoridades pela pressão do movimento rebelde xiita houthis, que tomaram o controle da sede presidencial em Sana.
“Devido à recente renúncia do presidente, do primeiro-ministro e do executivo, e pelas ameaças de segurança, a embaixada dos EUA em Sana não pode oferecer os serviços consulares rotineiros e tem uma limitada capacidade de prestar assistência em casos de emergência nos quais estejam envolvidos cidadãos americanos”, indicou em comunicado o Departamento de Estado.
Por isso, acrescenta a nota, “a embaixada americana estará fechada para o público até novo aviso”, e “retomaremos as operações consulares tão em breve como nossas análises indicarem que podemos fazer isso de maneira segura”.
Além disso, na sexta-feira os EUA informaram que tinha suspendido certas operações antiterroristas no Iêmen perante a crise política suscitada pelas renúncias do presidente, Abdo Rabbo Mansour Hadi, e do primeiro-ministro, Khaled Bahah.
Encurralado pelo conflito com o movimento rebelde xiita dos houthis, Mansur Hadi justificou sua decisão porque o Iêmen se encontra “em um beco sem saída”.
Nos últimos dias aumentaram as vozes que rejeitam a tomada do poder por parte do movimento xiita, que controla além de Sana outras seis províncias do país.
A situação continua sem solução depois que o parlamento iemenita adiasse no domingo, de forma indefinida, a reunião extraordinária prevista para decidir sobre a renúncia apresentada na quinta-feira pelo presidente Hadi.
O Iêmen é aliado dos Estados Unidos e um ator-chave na luta contra Al Qaeda na Península Arábica, mas os contínuos ataques com drones e as vítimas civis que essa guerra ocasionou criaram um grande mal-estar no país. EFE
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