EUA fornecem ferramentas de vigilância para buscar sequestradas na Nigéria

Washington, 12 mai (EFE).- O Departamento de Defesa dos Estados Unidos está fornecendo ferramentas de vigilância e reconhecimento para o resgate das meninas sequestradas pela milícia islâmica Boko Haram na Nigéria.

O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse que o Pentágono fornecerá essa ajuda de espionagem e inteligência, mas não detalhou que tipo de equipamentos e se isso inclui a utilização de aviões não tripulados (“drones”).

O Pentágono tem à sua disposição satélites que podem rastrear a zona do nordeste da Nigéria e outros lugares remotos do Chade e Camarões onde as mais de 200 meninas sequestradas poderiam estar escondidas.

No entanto, esta tecnologia fornece informação de maneira intermitente e não é tão útil como a vigilância ininterrupta dos “drones”, que devem obter autorização desses governos para operar em seu espaço aéreo.

O porta-voz adjunto do Pentágono, o coronel Steve Warren, se negou hoje a dar detalhes sobre o tipo de ajuda em vigilância e reconhecimento e evitou confirmar se há “drones” operando na Nigéria.

“Até o momento houve conversas muito ativas sobre a troca de informação, mas isso é tudo”, declarou o coronel Warren.

O Pentágono dispõe também de equipamentos como radares para interceptar comunicações, detectores de infravermelhos e câmeras de alta definição com as quais pode detectar movimentos humanos nas selva de Sambisa, onde acredita-se que o Boko Haram se esconde.

Os Estados Unidos estabeleceram em Abuja, a capital da Nigéria, uma equipe de cinco funcionários do Departamento de Estado, 16 analistas militares e quatro representantes do FBI para ajudar na libertação das meninas, que foram sequestradas da escola há quase um mês.

Os membros do Departamento de Defesa que trabalham em Abuja são especialistas em “comunicações, logística, troca de informação e inteligência”, segundo detalhou Warren.

Por sua parte, Carney disse que o vídeo divulgado hoje das meninas sequestradas no qual o Boko Haram oferece a libertação das menores em troca da liberdade de membros de sua organização parece verídico.

“Não temos razões para questionar sua autenticidade. Nossos analistas de inteligência estão analisando para determinar se nos fornece pistas sobre o paradeiro das meninas”, explicou Carney. EFE