EUA incluem porta-voz do EI em lista de terroristas internacionais

  • Por Agencia EFE
  • 18/08/2014 15h22

Washington, 18 ago (EFE).- O governo dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira a inclusão do porta-voz do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), o sírio Abu Mohammed al Adnani, na “lista de terroristas internacionais especialmente designados”.

Essa designação supõe o congelamento de todas as propriedades ou investimentos que Adnani possa ter nos Estados Unidos ou sob controle de americanos, assim como também proíbe os cidadãos do país de realizar transações financeiras com ele, indicou o Departamento de Estado em comunicado.

Adnani, nascido na Síria como Taha Sobhi Falaha, “é uma autoridade e o porta-voz oficial do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL, nome que o governo americano usa para se referir ao Estado Islâmico)”, assinala o comunicado.

De acordo com o governo dos EUA, “Adnani é o principal condutor do EI para a distribuição de mensagens oficiais, incluindo a declaração da criação de um califado islâmico”.

“Adnani foi um dos primeiros combatentes estrangeiros que se opuseram às forças de coalizão no Iraque antes de se transformar no porta-voz do EIIL”, acrescenta a nota.

A medida do Departamento de Estado inclui Adnani na lista de “terroristas internacionais especialmente designados” sob a ordem executiva 13324, que persegue terroristas e que lhes proporcionam apoio no mundo todo.

O Estado Islâmico, sob sua antiga denominação EIIL, está incluído na lista de organizações terroristas do Departamento de Estado desde dezembro de 2004, quando ainda era conhecido comumente como Al Qaeda do Iraque.

Os EUA começaram há uma semana a realizar bombardeios seletivos no norte do Iraque, principalmente após o avanço do EI, que assumiu o controle de Mossul, a segunda cidade iraquiana, no último dia 10 de junho.

O Departamento de Estado lembrou que Adnani também está sujeito a uma resolução de condenação por parte do Conselho de Segurança da ONU e na lista de sanções contra Al Qaeda das Nações Unidas, que exige aos Estados-membros exercerem um congelamento de ativos, um veto de viagens e um embargo de armas contra ele. EFE

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