EUA investigam possível deserção e captura de militar trocado por talibãs

  • Por Agencia EFE
  • 16/06/2014 17h12
  • BlueSky

Washington, 16 jun (EFE).- O governo dos Estados Unidos informou nesta segunda-feira a abertura de uma investigação para descobrir as circunstâncias do desaparecimento do sargento Bowe Bergdahl, mantido em cativeiro pelos talibãs por quase cinco anos e trocado há duas semanas por presos em Guantánamo, mas acusado por alguns de seus colegas de farda de deserção.

O Departamento de Defesa disse em comunicado que “o exército iniciou a investigação sobre os fatos e circunstâncias que rodearam o desaparecimento e captura” de Bergdahl, em 30 de junho de 2009.

O encarregado de dirigir a investigação será o general Kenneth R. Dahl, oficial com experiência no Afeganistão.

Bergdahl foi capturado perto de seu posto avançado no Afeganistão, na fronteira com o Paquistão, e uma das regiões mais instáveis durante a guerra no país centro-asiático.

No entanto, companheiros do militar o acusaram de ter se ausentado do posto à noite com a intenção de desertar, algo que o Pentágono disse que ainda não pode confirmar até ter todas as informações.

A deserção é um delito sob o código militar e, em época de guerra, pode ser castigado até com a pena de morte.

“A função primordial desta investigação é estabelecer os fatos e transmiti-los às autoridades competentes”, explicou o Pentágono, que tinha prometido abrir este processo assim que o soldado Bergdahl iniciasse o processo de recuperação nos Estados Unidos.

Bergdahl chegou na sexta a um hospital em San Antonio (Texas) vindo da Alemanha para iniciar uma nova fase do tratamento após o fim do cativeiro em 31 de maio graças a um acordo com seus sequestradores que incluía a libertação de altos comandantes talibãs presos na base naval de Guantánamo.

A equipe investigadora terá acesso a um inquérito confidencial realizado pelo Pentágono após o desaparecimento de Bergdahl, que concluía com praticamente 100% de certeza de que o soldado tinha deixado voluntariamente o posto, mas não qualificava essa saída como deserção. EFE

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.