EUA negam favorecimento a mulheres que concluíram curso dos Rangers

  • Por Agencia EFE
  • 21/08/2015 17h58

Washington, 21 ago (EFE).- O general de divisão do exército dos Estados Unidos, Scott Miller, parabenizou os 96 novos Rangers que se graduaram nesta sexta-feira em Fort Benning, no estado da Geórgia, entre eles as duas primeiras mulheres que concluíram o curso para as tropas de combate da unidade.

Na cerimônia de graduação, Miller respondeu “à repercussão e às imprecisões” que circularam pelas redes sociais sobre a possibilidade de os comandantes terem favorecido as duas mulheres graduadas, e garantiu que os padrões da nova promoção não foram modificados.

“Os requisitos continuam sendo os mesmos: cinco milhas (8 quilômetros) são cinco milhas, e os tempos não se mudaram. As montanhas da Geórgia e os lamaçais da Flórida seguem onde estavam. Não houve pressão para alterar os padrões”, esclareceu o general de divisão.

A capitã Kristen Griest, de 26 anos, e a primeiro-tenente Shaye Haver, de 25, receberam hoje o distintivo de Ranger (soldados especializados) que comprova a conclusão do curso para os grupos de combate da unidade especial do exército americano.

O feito é visto como mais um fator para que o Pentágono suspenda em 2016 o veto para que mulheres ingressem em postos militares em unidades de ação rápida e nas Forças Especiais.

Ambas não conseguiram passar na primeira fase de testes físicos e de liderança para entrar nos Rangers duas vezes, mas puderam repetir a tentativa, o que não costuma ocorrer após repetidos erros.

Em entrevista, um dos companheiros de Griest declarou que a capitã provou estar muito capacitada para se tornar um Ranger e, graças à sua ajuda, ele também conseguiu chegar ao final de todas as fases, que incluem provas de sobrevivência e resistência no deserto, em montanha e lamaçais.

Por enquanto e até o fim do ano, as duas mulheres não poderão integrar os regimentos de ação rápida e forças especiais dos Rangers, que mantêm o veto às mulheres.

Uma terceira mulher está na etapa de provas de “reciclagem” dos Rangers, nas quais é concedida outra oportunidade aos que falharam em certas fases, e pode seguir os passos das companheiras. EFE

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