EUA podem enviar até 4 mil militares para combater o ebola na África

  • Por Agencia EFE
  • 03/10/2014 20h58

Washington, 3 out (EFE).- Os Estados Unidos podem enviar até quatro mil militares à África Ocidental, mil a mais que o previsto inicialmente, dentro da operação de assistência para combater o ebola na região, informou nesta sexta-feira o Pentágono.

O porta-voz do Pentágono, o contra-almirante John Kirby, indicou em entrevista coletiva que, além dos 1.400 soldados já autorizados, se somarão à missão outros 1.800 do exército, especialistas em logística, engenheiros e médicos.

“Acreditamos que poderia haver cerca de quatro mil militares desdobrados em apoio a esta missão”, declarou Kirby, que enfatizou que “estamos avaliando as exigências diariamente”.

A Casa Branca falou inicialmente da participação de três mil militares quando anunciou a chamada Operação Assistência Unida, na qual insistiu que nenhum deles proporcionará um atendimento direto aos pacientes de ebola.

Kirby afirmou que “nada mudou”, mas rejeitou “pôr um teto” no número de tropas para participar desta missão já que, “como em qualquer operação militar, as exigências podem mudar ao longo do tempo: podem aumentar, podem diminuir”.

Por enquanto, já há mais de 230 militares na Libéria realizando tarefas de apoio, 205 em Monróvia e várias dúzias no Senegal, onde estabelecerão um corredor aéreo, caso seja necessário, para realizar evacuações, mas “a maioria do esforço será em torno de Monróvia”.

O porta-voz destacou que, em menos de dois dias, instalaram dois laboratórios de testes dirigidos por pessoal do centro de pesquisas médicas da marinha americana.

Estes laboratórios têm capacidade para processar uma centena de amostras diárias, disse Kirby, acrescentando que esperam poder abrir um hospital para pessoal médico infectado até o dia 18 de outubro, e já começaram a construção de dois centros para doentes que devem estar prontos no final do mês.

Apesar de a missão ser principalmente logística, o contra-almirante afirmou que os militares serão vigiados constantemente durante sua missão na região e quando retornem, para assegurar-se que não foram infectados.

A Organização Mundial da Saúde detectou mais de 7.400 casos de ebola principalmente na Guiné, Libéria e Serra Leoa, que causaram mais de 3.400 mortes desde que o surto começou no último mês de março. EFE

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