EUA querem normalizar relações com o Brasil e avançar em agenda comum

  • Por Agencia EFE
  • 29/01/2014 22h17

Washington, 29 jan (EFE).- Os Estados Unidos desejam que a relação com o Brasil se recupere e vá além do debate ocasionado pelos vazamentos sobre os programas de vigilância da Agência Nacional de Segurança (NSA), cuja publicação esfriou o diálogo bilateral, destacou o conselheiro adjunto de Segurança Nacional da Casa Branca nesta quarta-feira.

“Gostaríamos de recuperar a relação para um ponto onde sejamos capazes de termos estas discussões e talvez inclusive diferenças ocasionais sobre nossas atividades de inteligência, e que sejamos capazes de avançar em um programa mais amplo”, afirmou o conselheiro Ben Rhodes.

Em entrevista coletiva com a imprensa estrangeira, Rhodes insistiu que o governo do presidente Barack Obama fará o possível para afinar posturas com o Brasil, a quem continuará informando sobre suas atividades de vigilância e inteligência para acalmar o mal-estar causado pelas escutas que os Estados Unidos fizeram na comunicação da presidente Dilma Rousseff.

“O que dissemos aos brasileiros é que vamos continuar tentando proporcionar toda a informação que pudermos sobre a natureza de nossas atividades de inteligência, que mais uma vez, em nossa opinião, não estão dirigidas a certas pessoas, como a presidente Dilma”, disse o conselheiro.

Rhodes se referiu também à reunião do chanceler brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, em Washington, com Susan Rice, a principal assessora de Segurança de Obama.

“Acho que a presidente Dilma reconhece que a relação Estados Unidos-Brasil é importante para os dois países e para todo o hemisfério, se não para todo o mundo. Que temos enormes laços econômicos e comerciais que servem aos interesses de ambos os países, e questões relacionados com a energia e a segurança regional”, considerou.

“Portanto nós não queremos que este debate sobre a vigilância impeça o progresso em todos os outros assuntos”, acrescentou.

Em relação a visita de Estado que Dilma cancelou a Washington após as revelações sobre os escutas dos Estados Unidos a alguns dos líderes mundiais dos países aliados, incluída o governante, Rhodes apontou que os Estados Unidos espera que possam negociar uma nova data.

“Acho que é algo que gostaria de retomar quando a presidente Dilma se sentir confortável. Portanto vamos continuar buscando oportunidades para recebê-la”, disse o assessor. EFE

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