EUA são acusados de tentar romper laços econômicos entre a Rússia e a Europa

  • Por Agencia EFE
  • 13/09/2014 11h35
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Moscou, 13 set (EFE).- O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, acusou neste sábado os Estados Unidos de aproveitar a crise ucraniana para tentar romper os laços econômicos entre a Rússia e Europa, em entrevista transmitida pelo canal televisão russo “TVTs”.

“Os Estados Unidos querem utilizar a situação atual (a crise ucraniana) para separar economicamente a Europa da Rússia e conseguir assim condições mais vantajosas nas negociações para a criação de uma associação transatlântica para o comércio e os investimentos”, disse o chanceler russo.

Lavrov disse que nestas negociações os europeus defendem seus interesses e consideram que os EUA tentam obter vantagens injustas.

Por fim, acrescentou o ministro, Washington redobrou seus esforços nesse sentido, em particular, mediante “a tentativa de impor à Europa provisões de gás natural liquidificado a preços que não podem concorrer com os do gás natural russo”.

O chanceler indicou que os EUA, além de seu interesse econômico em manter a crise ucraniana, têm planos de caráter geopolítico.

Na sua opinião, atualmente na Europa a política está marcada extremamente pela ideologia.

“Mas isto não pode se prolongar. No seio da União Europeia já são ouvidas vozes sensatas. No mesmo dia em que foram assinados os acordos de paz de Minsk, a UE decidiu ordenar a preparação de uma nova rodada de sanções (contra a Rússia)”, disse Lavrov.

O chanceler russo se mostrou cautelosamente otimista sobre as perspectivas que o acordo de cessar-fogo nas regiões orientais da Ucrânia, alcançado no último dia 5 na capital bielorrussa, se transforme em uma trégua duradoura

“No dia de hoje, segundo nossa avaliação e a opinião dos observadores da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) a trégua em geral é cumprida, embora há violações, que graças a Deus não são significativas”, disse.

Lavrov admitiu que periodicamente ocorrem tiroteios de ambos os lados, mas recalcou que “por enquanto o processo de estabelecimento de uma trégua duradoura não foi abortado”.

“Não quero me expressar com demais otimismo, porque há gente à qual ele gostaria solapar este processo e devolver a situação ao plano militar”, manifestou,EFE

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