EUA tentam determinar se líder do desconhecido grupo Khorasan foi morto

  • Por Agencia EFE
  • 24/09/2014 16h35
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Washington, 24 set (EFE).- O Pentágono disse nesta quarta-feira que não tem informações se nos ataques aéreos da madrugada de terça-feira o líder do grupo Khorasan, célula da Al Qaeda quase desconhecida que operava no oeste de Aleppo, foi morto, segundo os Estados Unidos.

O porta-voz adjunto do Pentágono, coronel Steve Warren, explicou que nos ataques, realizados apenas pelos EUA, um quartel-general do grupo Khorasan, liderado por um suposto veterano da Al Qaeda, o kuwaitiano Muhsin al Fadhli, foi atingido.

Em entrevista coletiva, Warren afirmou que os Estados Unidos estão tentando confirmar a morte de Al Fadhli nos ataques, embora por enquanto só podem assegurar que os bombardeios “foram efetivos e dirigidos a instalações que degradam seriamente as capacidades do grupo Khorasan”.

Os Estados Unidos lançaram até oito ataques, a maioria com mísseis guiados Tomahawk, durante a madrugada contra o grupo Khorasan, além dos outros 14 que realizou de forma conjunta com cinco países árabes contra centros estratégicos dos jihadistas sunitas do autoproclamado Estado Islâmico (EI), o foco da ofensiva.

“Não temos pessoal no terreno para verificar (a morte do líder de Khorasan), portanto levará algum tempo”, explicou Warren, que indicou que se o quartel-general bombardeado tinha líderes da célula da Al Qaeda sob seu teto, “estaremos felizes”.

O Pentágono sustenta que o grupo Khorasan, mantido em segredo até há pouco pelos EUA, preparava um atentando iminente com explosivos contra interesses ocidentais e que Al Fadhli, de cerca de 33 anos, é um braço da Al Qaeda que foi homem de confiança do antigo líder dessa rede terrorista, Osama bin Laden.

O tenente-general William Mayville assegurou ontem que a inteligência americana estava observando as operações de Khorasan e tinham determinado que não havia nenhum interesse em participar da guerra civil síria, somente aproveitar o caos bélico para preparar atentando e treinar cidadãos ocidentais.

Além de atacar instalações estratégicas do EI na Síria, os Estados Unidos também podem ter matado um importante número de combatentes da Frente al Nusra, uma milícia islâmica opositora o regime de Bashar al Assad e vinculada à Al Qaeda.

Warren assinalou hoje que os ataques, que contaram com a participação, pela primera vez em combate, dos caças F-22 Raptor, não se centraram em núcleos da população e só foram dirigidos contra instalações utilizadas pelos jihadistas.

Neste sentido, o porta-voz assegurou que os vídeos que mostram supostas vítimas civis dos ataques são “falsos”, já que o Pentágono analisou o palco de seus ataques e as imagens não corresponderiam com as alegações de efeitos colaterais.

Por enquanto, os Estados Unidos seguem sobrevoando a Síria com aviões de vigilância e espionagem tanto tripulados como pilotados à distância, os chamados drones, e voltará a atacar quando considerar necessário, acrescentou Warren. EFE

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