EUA usam aviões não tripulados armados sobre Bagdá para proteger embaixada

  • Por Agencia EFE
  • 27/06/2014 16h38

Washington, 27 jun (EFE).- Os Estados Unidos estão utilizando aviões não tripulados armados para sobrevoar Bagdá e proteger sua embaixada na capital do Iraque e os assessores militares enviados ao país, informou nesta sexta-feira o Pentágono.

Segundo indicou em entrevista coletiva o porta-voz do Pentágono, o contra-almirante John Kirby, os drones armados foram pensados “para a proteção dos assessores militares no país, assim como o pessoal na embaixada”.

Kirby descartou que este passo, de utilizar drones armados, que até o momento só voavam para trabalhos de reconhecimento e vigilância, não tem nada a ver com a possibilidade que o presidente americano, Barack Obama, vá ordenar ataques aéreos contra jihadistas que ameaçam a estabilidade do país.

Os drones estão armados com mísseis Hellfire e foram enviados do Kuwait, segundo o jornal “The New York Times”.

Até o momento, os Estados Unidos estavam sobrevoando o Iraque apenas com drones de vigilância, sem mísseis, para obter informação sobre movimentos dos jihadistas sunitas do Estado Islâmico do Iraque e o Levante (EIIL), que estão avançando a partir da Síria e ameaçam Bagdá.

Com este movimento, o Pentágono eleva o perfil militar de seus aviões não tripulados com a intenção de defender sua embaixada em Bagdá e os membros de forças especiais que foram deslocados para fora da fortaleza da legação diplomática.

Os Estados Unidos têm cerca de 500 militares em sua embaixada em Bagdá e nos centros de operação conjuntos que o presidente americano, Barack Obama, ordenou abrir com as forças iraquianas para avaliar a situação no terreno.

Com a chegada de novos membros das forças especiais ao Iraque, os EUA já enviaram para fora de sua embaixada cerca de 180 militares e deve aumentar a missão com o deslocamento de assessores militares no norte do Iraque.

Estes assessores não têm um papel de combate e seu principal objetivo é obter informação e conhecer melhor o nível de coesão das Forças Armadas iraquianas, que saiu em debandada em algumas regiões tomadas pelo EIIL.

A milícia sunita do EIIL aproveitou o descontentamento da minoria sunita com o primeiro-ministro iraquiano, o xiita Nouri al-Maliki, para ganhar terreno em áreas com maioria dessa seita do islã.

Enquanto isso, o desunido exército iraquiano abriu passagem para o ressurgimento de milícias xiitas, apoiadas pelo Irã.

O Irã, a grande potência xiita da região, também enviou membros de sua elite militar no Iraque e tenta evitar que o governo de Maliki seja derrubado e a ordem atual desemboque em uma guerra civil.

Após abandonar o Iraque totalmente no final de 2011, os Estados Unidos voltaram a operar militarmente no país e nomearam o general-de-divisão do exército como novo comandante das forças americanas nesse país. EFE

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