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Europa pede calendário eleitoral na Venezuela para acabar com crise

Nicolás Maduro - EFE

Uma resolução apoiada por deputados socialistas foi aprovada no Parlamento Europeu nesta quinta-feira condenando a “repressão brutal” na Venezuela e colocando pressão sobre o governo de Nicolás Maduro. O texto, que alerta para a existência de “grupos armados irregulares” no país, pede a definição de um calendário eleitoral para a Venezuela como forma de superar a atual crise.

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Na avaliação do órgão europeu, há uma “contínua violação inconstitucional da ordem democrática na Venezuela”. Citando as tentativas de suspender os poderes da Assembleia Nacional em Caracas, o Parlamento Europeu insistiu em apelar para que o governo venezuelano “garanta a total restauração da democracia”

“Expressamos nossa profunda preocupação com a séria deterioração da democracia e da situação de direitos humanos e sócio-econômicas, num clima de instabilidade política e social”, alertaram os eurodeputados.

No centro das reivindicações, os deputados querem que Maduro apresente um calendário eleitoral que permita “um processo eleitoral transparente e livre, como única forma de solucionar o impasse político”. Para isso, porém, o líder opositor Henrique Capriles terá de voltar a ser considerado como um potencial candidato. “Pedimos que o governo coloque fim à prática de impedir que líderes da oposição possam exercer seus direitos políticos”, diz o texto.

Os europeus ainda apelam ao governo do presidente Nicolás Maduro para que respeite a constituição e o mandato dos deputados eleitos, além de promover uma “liberação imediata e incondicional” de todos os prisioneiros políticos. “Não haverá uma solução durável para a Venezuela no longo prazo se existem prisioneiros políticos”, alertam.

Os deputados reforçaram um pedido recente da ONU para que o governo investigue as mais de 20 mortes registradas no país nos últimos dias e que permita que protestos pacíficos possam ocorrer. A resolução também cobra Maduro para assegurar a liberdade de expressão e de imprensa.

No texto, o governo ainda é pressionado para que permita ajuda humanitária e que organizações internacionais possam entrar no país para dar assistência aos setores mais atingidos pela crise

O texto foi aprovado por 450 votos a favor, 35 contra e cem abstenções. Mas um dos partidos que apoiou foi o Socialista, dentro de uma aliança com os grupos de centro-esquerda.

“Pedimos ao governo e a para a oposição que passem a dialogar para poder superar a crise, pelo bem do povo venezuelano”, disse Ramon Atondo, eurodeputado da Aliança de Socialistas e Democratas e co-presidente do Grupo Europa América Latina no Parlamento. “A situação é muito preocupante”, disse.

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