Ex-militar que entrou armado na Casa Branca é condenado a 17 meses de prisão

  • Por Agencia EFE
  • 16/06/2015 18h03

Washington, 16 jun (EFE).- A juíza federal Rosemary M. Collye, da Corte do Distrito de Columbia, condenou nesta terça-feira a um ano e cinco meses de prisão Omar Gonzalez, o ex-militar que em setembro do ano passado pulou o muro da Casa Branca e conseguiu entrar armado com uma faca na residência presidencial.

O ato provocou a demissão da diretora do Serviço Secreto Julia Pierson, criticada pelos erros de segurança que permitiram que Omar entrasse na casa do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que tinha saído do local poucos minutos antes.

Veterano da Guerra do Iraque, com problemas mentais, o texano, de 43 anos, ainda viverá em liberdade condicional por três anos depois de sair da prisão, informou a Promotoria do Distrito de Columbia em comunicado.

Em 13 de março, Omar foi condenado por entrar em um edifício governamental com uma arma e por agredir os seguranças e resistir à prisão na Casa Branca.

“O senhor González agora pagará o preço por sua decisão de ultrapassar a cerca e correr dentro da Casa Branca”, afirmou o procurador Vincent H. Cohen, encarregado do caso e que pediu 21 meses de prisão e três anos de liberdade condicional para o acusado.

Condenado quatro meses a menos do que o solicitado pela Promotoria, Omar não poderá ir a Columbia, onde fica a capital de Estados Unidos, por três anos e deverá participar de um programa de avaliação psiquiátrica, conforme informou a juíza Rosemary M. Collye.

Durante o processo, os advogados de defensa do ex-militar destacaram que o condenado sofre de um transtorno por estresse pós-traumático e tem alucinações, paranoia e ansiedade.

Segundo a Promotoria do Distrito de Columbia, Omar escondeu uma faca de 7,62 centímetros na parte de trás da calça, pulou o muro da Casa Branca, chegou ao jardim e correu até os arbustos localizados fora do portal norte. Em seguida, conseguiu ultrapassar as portas da parte norte e, após passar pelas escadas, entrou na Sala Leste, onde o presidente costuma realizar seus atos de trabalho e onde foi detido pela segurança.

Antes de pular o muro, Omar tinha passeado com seus cachorros no entorno da Casa Branca e estacionado o carro em uma rua próxima. De acordo com a Promotoria, no veículo ele escondeu munição e um facão.

O Serviço Secreto, muito questionado por este caso, deu ordens ao suspeito para que não ultrapasse a cerca, e um agente tentou bloquear as portas para impedir a entrada, mas foi atacado por Omar, que conseguiu entrar.

Segundo um documento da Promotoria, o condenado já tinha se aproximado da Casa Branca com um machado de guerra em 25 de maio do ano passado, quando agentes do serviço secreto o detiveram e realizaram um interrogatório, mas o liberaram após comprovar que o carro guardava apenas equipamentos de escalada.

O caso foi ganhou repercussão, já que se trata da primeira vez que um assaltante consegue executar tal ação, apesar de a Casa Branca ser um dos locais mais protegidos do mundo. EFE

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