Ex-ministro vê contraste entre decisão do Banco Central e incertezas de Dilma

  • Por Jovem Pan
  • 30/10/2014 13h58
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Rubens Ricupero, embaixador e ex-ministro da Fazenda no governo Itamar, durante entrevista na Faculdade de Economia da FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado), em São Paulo (SP). (São Paulo (SP). 23.01.2008. Foto de Raimundo Pacco/Folhapress) Raimundo Pacco/Folhapress Rubens Ricupero

Em entrevista a Denise Campos de Toledo, o ebaixador e ex-ministro da Fazenda Rubens Ricupero avaliou a decisão do Banco Central de aumentar a taxa básica de juros para 11,25% além da política econômica do segundo governo de Dilma.

Ricupero analisou a medida como uma forma de o BC afirmar sua autonomia. “Eu acho que o Banco Central quis mostrar que não é pautado pelo mercado e pelos analistas, uma vez mais demonstrar que tem autonomia e que os membros do Copom agem de acordo com seus próprios julgamentos.”

O ex-ministro considera também que o aumento da Selic foi uma resposta à desvalorização do real frente ao aumento do dólar nos últimos dias e o possível efeito disso na inflação.

“O aspecto mais surpreendente dessa medida é o contraste entre o Banco Central e a presidente”, disse ainda o embaixador.

Para Ricupero, Dilma ainda não fez nenhuma declaração clara sobre a política econômica que irá seguir. Direcionamentos sobre gastos públicos, política fiscal e quem será o novo ministro da Fazenda (já que a saída de Guido Mantega já está anunciada há semanas) não foram dados.

Ouça a entrevista completa no áudio acima.

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